Evangélicos no Brasil: documentário retrata a multiplicação de igrejas e crentes no país

Evangélicos no Brasil: documentário retrata a multiplicação de igrejas e crentes no país

Redação Alô Alô Bahia

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Redação Alô Alô Bahia

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Publicado em 07/04/2025 às 03:03 / Leia em 3 minutos

O Brasil está se tornando um país evangélico. E uma tendência ganha força: as igrejas que mais crescem são as de bairro, nas periferias nas grandes cidades e também no interior – são redes locais de solidariedade e fé.

Os cristãos evangélicos são o segmento religioso que mais cresceu no Brasil nos últimos 30 anos. De acordo com matéria neste domingo (06), no Fantástico, a maioria das congregações são pequenas igrejas de bairro, que não chega a ter 100 pessoas.

Os exemplos apresentados no programa fazem parte do documentário da GloboNews “Crentes – Além dos Muros”, que estreia nesta segunda, às 23h. 

Em três episódios, a série abordará o crescimento do número de evangélicos no Brasil. Durante um mês, quatro equipes de reportagem percorreram diversos municípios de Pernambuco e do Rio Grande do Norte, estados onde o aumento é maior.

A produção mostrará a relação entre as igrejas e as comunidades onde estão inseridas. As equipes visitaram diversos municípios para entender como o universo evangélico impacta na vida de seus membros além dos muros da igreja, moldando suas rotinas e relações diárias. O documentário vai contar histórias de pessoas que vivem o evangelho no dia a dia e como a fé influencia suas decisões e comportamentos.

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Evangélicos no Brasil: documentário retrata a multiplicação de igrejas e crentes no país — Foto: Reprodução/Fantástico

Raio-X das igrejas evangélicas

Uma pesquisa publicada em 2019 registrou quase 110 mil igrejas evangélicas em todos os estados e no Distrito Federal – o levantamento não inclui igrejas sem CNPJ.

“A gente pode ver essa diversidade em dois grupos principais: dos evangélicos históricos, que são predominantemente evangélicos de classe média, e o pentecostalismo. A partir desses grupos, tem centenas ou milhares de subdivisões”, resume o antropólogo Juliano Spyer, que já escreveu dois livros sobre os evangélicos brasileiros.

“Os membros são majoritariamente pretos ou pardos, pobres, periféricos, jovens, e a maior parte são mulheres”, resume Spyer sobre o perfil dos crentes.

No bairro do Grajaú, periferia no extremo sul de São Paulo, Juliano mostra como a pesquisa dele é feita em campo: percorrendo o território de moto, ele foi marcando igreja por igreja no mapa.

“Em 100 metros, você tem Assembleias de Deus de ministérios diferentes, que é a característica da Assembleia de Deus, né? O ministério significa que aquilo dali é uma igreja por ela mesma. As referências passam também nas lojas, então antes você tinha Mercadinho São Paulo, São Bento, e agora você vê ali uma referência ‘Bar da Rose – Deus é Fiel'”, revela Juliano.

Em um raio de 2 quilômetros, a reportagem encontrou 45 igrejas.

No programa, Juliano Spyer explica por que os evangélicos se chamam de crentes: “Crente tá na Bíblia. Nós cremos num Evangelho que transformar, num evangelho que é uma boa notícia que chega pra trazer paz, alegrias, justiça. O amor, ele é exercitado, ele é aprendido no atrito, na diferença. Ser evangélico é ser amante do amor.”

 

 

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