Bicipr3ta: conheça marca ‘bikeativista’ baiana que produz capacetes adaptados para cabelos afros

Bicipr3ta: conheça marca ‘bikeativista’ baiana que produz capacetes adaptados para cabelos afros

Redação Alô Alô Bahia

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José Mion/Alô Alô Bahia com informações d'O Globo

Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 06/04/2025 às 11:43 / Leia em 2 minutos

Há cerca de dez anos, ao observar os grupos de ciclistas que ocupavam as ruas de Salvador, Lívia Suarez não se sentia parte daquele movimento. “Comecei a pedalar pela cidade e notei que a maioria dos grupos era formada por pessoas brancas. Não me identificava com as vestimentas nem com as narrativas daquela turma”, lembra a baiana, em entrevista ao jornal O Globo.

Foi a partir dessa percepção que ela se tornou bikeativista, organizando eventos de pedalada voltados para pessoas negras. No caminho, encontrou uma oportunidade de negócio: a criação da Loja Bicipr3ta.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Voltada para o público negro, a marca desenvolve bicicletas personalizadas de acordo com as necessidades de cada cliente, além de roupas e acessórios. O grande destaque, no entanto, é sua linha de capacetes inovadores — criados especialmente para acomodar penteados como tranças, dreadlocks e black power, sem comprometer o visual.

Isso é possível graças a um design engenhoso, que combina aberturas estratégicas para a saída dos fios com uma espuma especial que protege a cabeça sem amassar o cabelo. “Me inspirei no afrofuturismo e criei modelos com viseiras magnéticas que podem ser removidas, por exemplo”, explica Lívia, de 37 anos, que já apresentou seus produtos em países como Peru, Estados Unidos e Etiópia. “Por onde passei, nunca vi nada parecido”, atesta.

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A Bicipr3ta também conta com uma linha estampada com pichações do artista Vandalismo e outra, infantil, ilustrada com desenhos afros assinados por Samuca. “São ótimos para quem quer dar close”, brinca.

Todos os artistas envolvidos vivem na Bahia, assim como toda a produção da marca, feita integralmente no estado. “Com toda essa história, não faria o menor sentido criar o produto aqui e produzi-lo na China”, reflete a empreendedora, que tem orgulho do selo “Made in Salcity”.

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

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