Aysha Benelli, de 21 anos de idade, compartilha em seu Instagram sua rotina fitness para quase 1 milhão de seguidores. A filha de Simony perdeu 40kg sem cirurgia entre pausas e retomadas dos treinos, decidida a recuperar sua autoestima após sofrer bullying na adolescência por estar acima do peso. Disciplinada há um ano, a atriz aprendeu também a flexibilizar sua dieta após o processo de reeducação alimentar.
“Antes eu realmente tinha uma dieta regrada, acompanhamento com nutricionista e sem errar. Hoje eu dia já alcancei meus objetivos, e tenho o foco de ganho de massa muscular, então não sigo uma dieta, mas como já fiz muitas, tenho uma base do que é bom comer. Como saudável, de tudo e sempre que tenho vontade, só não exagero”, conta.
Ainda que tivesse inspirações, Aysha entendia que não deveria que comparar a outras pessoas, mas celebrar os próprios resultados. “O que eu via nos outros, quando comecei a academia, comecei a ver em mim e me admirar muito mais pelas minhas evoluções, e por ser eu mesma”, declara.
Com as conquistas fitness, a atriz relata suas dificuldades desde que tomou a decisão de se exercitar e se alimentar bem. “Comecei meu processo de emagrecimento em 2019, sem musculação por conta da pandemia, e comecei a academia em 2023. Tive dificuldade por ter que passar por cima das minhas vontades e fazer o que tinha que ser feito. Hoje em dia, eu amo, então não tem um desafio”, compara.
O estreia de Aysha na TV foi como Laura na novela Carrossel, como uma criança que sofria bullying pelo peso. Com a semelhança entre o ficção e a vida real, a atriz diz que o papel não prejudicou seu bem-estar, mas o sentimento da personagem causava nela identificação.
“Eu não ligava quando era criança. Todos os meus colegas de trabalho eram muito respeitosos comigo, e eu já entendia que era apenas atuação. Mesmo pequena, e eu me sentia bem comigo mesma. Mas acredito que a parte que mexia era sobre o sentimento ‘de ser não a pessoa escolhida’ por estar acima do peso, a comparação”, relembra.
Aysha diz que, por mais que sua autoestima estivesse abalada, conseguiu ressignificar os ataques e jamais ser impedida de fazer o que queria. “A pior parte era vestir todas as roupas possíveis e não me sentir bem. Na fase da adolescência, com os comentários, sempre me mantive forte em relação a tudo. Eles me deram forças pra me tornar a minha melhor versão”, acredita.