Fátima Bernardes contou nesta segunda-feira (31) que já ficou quase dois ano e meio sem entrar em um avião depois de ter uma crise de ansiedade durante um voo, quando ainda era casada com William Bonner. A apresentadora de 62 anos explicou, em vídeo postado em suas redes sociais, que já tinha voado muitas vezes e desenvolveu um ‘medo controlável’, até os filhos, os trigêmeos Vinícius, Laura e Beatriz, hoje adultos, chegarem aos 2 anos de idade. Foi a partir daí que começaram suas crises. O retorno aos aviões veio com a Copa do Mundo do Japão, em 2002, que ela cobriu.
“Os meninos iam fazer 2 anos, e eu fiz uma viagem. Eu era casada nessa época com William, nós fizemos uma viagem para Nova York. E na volta, eu tive uma crise de ansiedade, uma crise de pânico dentro do avião. Eu estava muito ansiosa para rever as crianças depois de acho que nove, dez dias. Era a primeira viagem depois que eles tinham nascido e foi horrível”, contou.
Fátima teve a crise, com vários sintomas físicos, mesmo estando medicada. William dormia. “Eu tomei um remédio, que um médico tinha me receitado para ver se eu dormia, e deu o efeito contrário. Então enquanto William dormia, eu fiquei mega agitada. Comecei a ter um certo constrangimento das pessoas poderem perceber que eu estava com muito medo, porque meu coração batia, parecia que eu via ele batendo, eu suava frio, a minha musculatura da perna saltava”, lembrou.
“E depois desse desse voo, hoje eu posso dizer para vocês que eu fiquei dois anos e quatro meses sem voar. Mas eu não tinha essa essa percepção. Eu simplesmente, depois daquele dia, também não fui tratar nada disso, achei que foi uma coisa esporádica. Comecei a evitar os voos, tipo ‘Ah, tem que ir a São Paulo’, ‘Ah, vou vou de carro, claro, as crianças com três carrinhos para levar, tem babá, tem bebê conforto'”, disse.
Fátima explicou que mudava inclusive os destinos de férias para não pegar avião. “Então eu sempre tinha uma desculpa, ‘Ah, vamos viajar para um lugar de praia, ah, vamos aqui em Angra, que é pertinho do Rio, para que que eu vou até o Nordeste, porque as crianças não vão nem lembrar ainda?’. O resultado: quando eu me dei conta, eu estava há dois anos sem sem voar”, contou.
“E aí eu percebi que realmente não alguma coisa não estava certa comigo. Comecei a fazer uma série de tratamentos com psicólogos, com terapeutas, para tentar resgatar aquela Fátima [de antes da crise]. E fui entendendo que a fobia aparece para quem acha que tem controle de tudo”, pontuou. “Aí chega uma hora que você canaliza tudo e descarrega tudo e no meu caso o avião, onde tive uma crise de ansiedade”, afirmou.
Fátima explicou então que foi escalada para a cobertura da Copa do Mundo do Japão, que foi dividida entre o país asiático e a Coreia. Ela teve ajuda profissional e o apoio de seus chefes na Globo e, assim, conseguiu com terapia cognitiva comportamental, e outras estratégias controlar seu medo. Mas, ainda hoje, fica tensa. “Toda vez que o avião está acelerando eu estou chorando, de óculos escuros”, assumiu. “Toda vez que acaba a decolagem a aeromoça já vem com copinho de água”, completou ela, que toma remédio e tem técnicas para controlar seu medo.