A escritora e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), Heloisa Teixeira, morreu nesta sexta-feira (28) após complicações de uma pneumonia e insuficiência respiratória aguda. Aos 85 anos, ela estava internada na Casa de Saúde São Vicente, na Gávea.
Um dos ícones do feminismo, Heloísa era uma das integrantes da Academia Brasileira de Letras desde o ano passado, quando herdou a cadeira 30 de Nelida Piñon.
Em 2023, a escritora chamou atenção ao decidir mudar seu sobrenome, herdado do seu casamento com o advogado Lula Buarque de Hollanda, já falecido. “Sim, é para mim [a mudança]. Tem uma hora que a ficha cai, principalmente, com a coisa feminista. De repente, falei: ‘Caraca, tenho o nome do marido”, disse ela ao jornal O Globo.
Heloisa era formada em letras clássicas pela PUC-Rio, com mestrado e doutorado em literatura brasileira na UFRJ e pós-doutorado em sociologia da cultura na Universidade de Columbia, em Nova York.
Era diretora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC-Letras/UFRJ), onde coordenava o Laboratório de Tecnologias Sociais, do projeto Universidade das Quebradas, e o Fórum M, espaço aberto para o debate sobre a questão da mulher na universidade.