Diagnosticado com câncer no sistema linfático, o cantor Netinho descobriu a doença após sentir uma forte dor nas costas. O cantor teve dificuldade para caminhar e resolveu acionar o médico que o acompanha.
Segundo o site do cantor, ele estava indo buscar os figurinos do Carnaval e cortar o cabelo quando teve o mal-estar, no dia 25 de fevereiro. Antes disso, Netinho fez sete shows entre janeiro e fevereiro.
Após ser examinado pelo médico, Netinho foi orientado a cancelar os seus shows do Carnaval 2025, e a se internar no Hospital Aliança Star em Salvador. Ele recebeu alta na sexta-feira (21), e o seu diagnóstico foi mantido em sigilo.
“Como não sou médico, preferi manter tudo em sigilo até a gora para evitar achismos e todo tipo de comentários daqueles que gostam de falar sobre o que não entendem. Respeito meus fãs, respeito aqueles que gostam de mim e do meu trabalho, e por causa disso, mantive e manterei afastados das minhas redes sociais os curiosos, fofoqueiros, futriqueiros e todos que gostam de falar e de dar pitaco sobre o que não entendem”, explicou o cantor, em um post no Instagram.
O boletim médico do cantor foi divulgado no site oficial dele. “Netinho foi diagnosticado com um câncer do sistema linfático, denominado linfoma e está em acompanhamento onco-hematológico sob a coordenação da Dra. Glória Bonfim. O cantor segue em tratamento com suporte médico especializado”, diz o boletim assinado pela diretoria médica do Hospital Aliança Star.
Câncer no sistema linfático
O câncer no sistema linfático ou linfoma é o nome aos tumores malignos que se desenvolvem nos gânglios linfáticos (conhecidos como “linfonodos” ou “ínguas”). A doença é dividida em: linfomas de Hodgkin e os linfomas não Hodgkin. O boletim médico divulgado pelo Hospital Aliança Star não especifica qual tipo de linfoma o cantor está enfrentando.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), entre os sintomas mais comuns dos dois tipos de linfomas estão: febre, cansaço, suor noturno, perda de peso sem motivo aparente e coceira no corpo. Também há o aumento dos linfonodos no corpo, a depender de onde o câncer se manifeste.
O Linfoma não Hodgkin tem cerca de 12 mil casos por ano no Brasil. Já o Linfoma de Hodgkin tem mais de 3 mil casos por ano, de acordo com o Inca (dados de 2022).
Segundo o Inca, o linfoma de Hodgkin, na maioria dos casos, é uma doença curável quando tratado adequadamente. O tratamento clássico é a poliquimioterapia, quimioterapia com múltiplas drogas, com ou sem radioterapia associada. Já o linfoma não Hodgkin é tratado com quimioterapia, associação de imunoterapia e quimioterapia, ou radioterapia.