Mesmo com queda nos números, médicos alertam sobre o COVID-19: ‘A pandemia ainda não acabou’

Mesmo com queda nos números, médicos alertam sobre o COVID-19: ‘A pandemia ainda não acabou’

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Surenã Dias

Freepik

Publicado em 19/03/2025 às 15:07 / Leia em 3 minutos

Apesar da queda nos números de mortes e novos casos, a COVID-19 ainda circula entre os brasileiros. Na última semana, o cantor Durval Lelys testou positivo e precisou cancelar um show nos Estados Unidos, reacendendo o alerta sobre a persistência do vírus. Segundo o Ministério da Saúde, até o dia 25 de fevereiro, foram registrados 130.507 casos e 664 óbitos por covid-19, o que apresenta o menor número desde 2020. Para se ter ideia, no mesmo período de 2024, esses números eram de 310.874 casos e 1.536 óbitos.

Em conversa com o Alô Alô Bahia, o infectologista Ícaro Nunes, professor do curso de Medicina da UnexMED Jequié, aponta o Carnaval como um possível fator para o aumento de casos nas últimas semanas. Ele reforça ainda a importância das vacinas, que ajudam a manter o vírus com um impacto semelhante ao de uma gripe comum.

“A gente sabe que a vacinação não tem uma proteção global contra a infecção, mas o mais importante é o resultado. Basicamente, as infecções novas que têm acontecido costumam ser infecções leves, sem necessidade de internamento, sem necessidade de uso de oxigênio, sem evolução para gravidade”, declara.

Guilherme Luiz Milanez, médico infectologista do Hospital Orizonti, em BH, também reforça que a vacinação tem sido uma importante ferramenta no combate da doença, mas alerta sobre a necessidade de seguir se prevenindo. “A pandemia ainda não acabou, a OMS ainda não decretou o fim da pandemia. A situação no Brasil está controlada, mas ainda temos casos da doença. Só na última semana epidemiológica, foram registrados 11 mil casos notificados, então, os casos estão controlados, mas ainda temos que nos proteger e vacinar”, diz.

Embora rumores sobre o aumento de óbitos em alguns hospitais tenham surgido, o professor Ícaro Nunes ressalta que as campanhas de vacinação têm dado certo e foram decisivas para reduzir os riscos do vírus, que por dois anos impactou profundamente os brasileiros e levou grandes ídolos.

“Existe risco de adoecimento com gravidade, mas esse risco é infinitamente menor no grupo das pessoas vacinadas. Trabalhei durante toda a pandemia e foi muito claro a diferença de perfil dos pacientes que chegaram após a gente atingir um volume considerável de população vacinada. Na nossa realidade atual, a gente tem visto pessoas positivando para Covid com sintomas muito leves, semelhantes a resfriados comuns, o que torna a vacinação imprescindível para a manutenção da saúde do próprio indivíduo e de bloqueio de contaminação e de infecção de pessoas próximas“, afirma.

Vale destacar que o Ministério da Saúde continua implementando ações em todo o Brasil para reduzir os casos e óbitos por COVID-19. Em dezembro de 2024, foi atualizado a estratégia de vacinação, incluindo doses para gestantes, idosos (60 anos ou mais) e crianças de 6 meses a menores de 5 anos no Calendário Nacional de Vacinação. Além disso, kits de testagem rápida seguem sendo distribuídos em todo o país.

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