Organizada pelo El Museo del Barrio, “Mestre Didi: Spiritual Form” é uma exposição marcante que explora o trabalho do falecido escultor, escritor, defensor cultural e líder espiritual afro-brasileiro Mestre Didi (Salvador, Bahia, 1917–2013). Sendo a primeira grande exposição do trabalho de Didi em um museu nos EUA em 25 anos, a mostra reúne mais de 30 de suas esculturas, oferecendo uma visão rara de seu legado espiritual e artístico de grande alcance.
Ao longo de sua carreira, dos anos 1960 até a década de 2010, Mestre Didi foi um emissário visionário do Candomblé, uma religião afro-diaspórica desenvolvida no Brasil a partir da transmissão de práticas espirituais iorubás pelos africanos escravizados. Ele foi talvez o primeiro artista a reinterpretar objetos rituais do Candomblé como obras de arte por si só.
A exposição do El Museo, em Nova York, destacará as esculturas evocativas e imaginativas de Mestre Didi e apresentará novas interpretações de seu repertório simbólico. Suas obras distintivas combinam materiais, formas e símbolos tradicionais dos orixás, divindades do Candomblé, para criar uma linguagem escultórica moderna.
A exposição, que estará em cartaz entre os dias 13 de março e 13 de julho, também contextualiza a prática de Didi ao incluir obras de artistas contemporâneos e de seus pares artísticos. Além de Mestre Didi, estarão expostas obras de Emanoel Araújo, Jorge dos Anjos, Agnaldo Manoel dos Santos, Aurelino dos Santos, Ayrson Heráclito, Goya Lopes, Antonio Oloxedê, Abdias Nascimento, Arlete Soares, Nádia Taquary e Rubem Valentim. A mostra conta com apoio da galeria baiana Paulo Darzé.