Casa de Pedro Tourinho, em Salvador, é destaque na Casa Vogue: ‘Um projeto vivo’

O sobrado onde vive o comunicólogo Pedro Tourinho, localizado no Santo Antônio Além do Carmo, no Centro Histórico de Salvador, foi destaque na edição mais recente da revista Casa Vogue.

O imóvel, que passou por um minucioso processo de restauração e reforma, reflete a personalidade dinâmica de Tourinho e sua conexão com a cultura e história da capital baiana.

Desde que se mudou para o local, em 2023, o ex-secretário de Cultura e Turismo de Salvador mantém um relacionamento vivo com a residência, sempre mudando a disposição dos móveis e das obras de arte. “Para mim, a casa é um projeto contínuo. Provavelmente, quando a revista estiver nas bancas, o espaço já estará diferente das fotos”, revelou Tourinho à Casa Vogue.

Nascido e criado na capital baiana, o comunicólogo já viveu alguns anos em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Los Angeles. Dono de um percurso eclético, ele transita entre a cultura, o entretenimento, o empreendedorismo e o setor público. Começou na internet e escreveu livros sobre o universo digital. Dirigiu o programa Legendários, na Record, com Marcos Mion, e fundou duas empresas de sucesso: a Map Brasil, dedicada ao gerenciamento de talentos como Astrid Fontenelle, Bruno Gagliasso e Chay Suede; e a agência de relações públicas Soko. No início de 2023, mudou de rumo e, de repente, assumiu a Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador, cargo que deixou no início de 2025. “Meu plano sempre foi dedicar dois anos da minha vida à minha cidade.”

A publicação destaca o design singular do sobrado, que une elementos históricos e contemporâneos. O projeto arquitetônico, assinado por Heloisa Penido e Heron Valladares, preservou as características originais do imóvel tombado, enquanto incorporou toques modernos que traduzem o estilo eclético do dono. Móveis restaurados da família e um acervo pessoal de livros e obras de arte compõem a identidade do espaço.

“Esta casa representa a minha jornada. Meus livros, meus estudos, tudo está aqui. Muitos destes móveis eram dos meus avós, e eu os restaurei”, conta Tourinho.

A matéria ainda ressalta a relação do comunicólogo com a cidade e o impacto de viver no Centro Histórico. “Morar aqui faz com que a gente enxergue Salvador de outra perspectiva, muito mais conectada à cultura e à população negra, que é quem habita esta área”, analisa.

Veja fotos da casa:

Bancos e mesa de alvenaria desenhados por Daniel Jorge ocupam o terraço, acompanhados da chaise Loop, design Willy Guhl para a Eternit – ao fundo, vista do Convento do Carmo — Foto: Filippo Bamberghi

No living, a cadeira e a mesa Gravetto, da Desmobilia, postam-se diante de bufê dos anos 1960 com livros, objetos e esculturas de artistas locais – na parede, escultura de origem africana, tela de Rafael Baron e quadro de Mario Cravo Júnior (da esq. para a dir.) — Foto: Filippo Bamberghi

Em outra sala de estar, um par de poltronas Kilin, de Sergio Rodrigues, faz companhia à mesa de centro vintage garimpada, sob luminárias desenhadas por Daniel Jorge para destacar as obras de arte: quadros de Rafael Baron e Aurelino dos Santos, escultura de Rebeca Carapiá, fotografia de Ayrson Heráclito, quadro de Carybé e escultura de Mestre Didi (da esq. para à dir.) — Foto: Filippo Bamberghi

A sala de jantar exibe cadeiras Tourinho, criadas por Daniel Jorge, em homenagem ao dono da casa, para a +55 Design, ao redor de mesa concebida pelo próprio Pedro – ao fundo, o armário tem autoria de Daniel Jorge — Foto: Filippo Bamberghi

Na cozinha, marcenaria projetada por Daniel Jorge e executada pela Casa Brasileira Salvador – a coifa é da Tuboar e as cadeiras, frutos de garimpo — Foto: Filippo Bamberghi

Para o vão da escada, Daniel Jorge desenvolveu a escultura Grão Mestre, com 13 m, de pedra-sabão, palha e cabaças — Foto: Filippo Bamberghi

Na suíte, a cama, a cabeceira e as mesas auxiliares também são de Daniel Jorge – na parede, fotografia de Mario Cravo Neto — Foto: Filippo Bamberghi

O banheiro da suíte ganhou armário, espelho e luminárias criadas por Daniel Jorge — Foto: Filippo Bamberghi