A Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS), fez a primeira reunião de alinhamento das ações para monitoramento e enfrentamento das doenças respiratórias e arboviroses no pós-carnaval, nesta quarta-feira (5). Desde o dia 29 de dezembro até o dia 1º de março, a capital baiana confirmou 16 casos de dengue, cinco de chikungunya e trêsde zika.
Os dados já estavam sendo monitorados e foram apresentados nesta tarde pela Diretoria de Vigilância à Saúde (DVIS) e Sala de Situação em Saúde para subsidiar o trabalho ordenado envolvendo também as Diretorias de Atenção Básica e Atenção Especializada da SMS.
“Ao final de uma festa dessa magnitude existe um potencial risco de aumento dos casos de doenças como a gripe, covid e dengue; além das diarreicas. Baseado nisso, deflagramos já nesta quarta-feira de cinzas um esforço conjunto para a tomada de decisões e ações mais céleres com o objetivo de intervir de forma mais rápida, evitando ‘pressão de porta’ na rede de urgência e emergência, e dando maior comodidade e segurança para a população”, destacou o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Alves.
No caso das arboviroses, as ações que já são realizadas durante todo o ano foram intensificadas desde setembro passado com o lançamento da Campanha Verão Sem Mosquito, executando atividades de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, por toda a cidade.
Os trabalhos incluíram borrifação, aplicação de inseticidas, tratamento e eliminação de focos, e são de extrema importância neste período em que as temperaturas ficam mais elevadas e intercalando com períodos chuvosos, características propícias para proliferação e circulação mais intensa do mosquito.
As atividades seguiram durante todo o Carnaval, em ambientes públicos e privados com grande circulação de pessoas, como estações de transbordo, circuitos da folia e pontos turísticos. Para isso, contou também com o apoio de diferentes áreas da Prefeitura, como o setor de turismo, educação, meio ambiente, limpeza urbana e transporte.
No período momesco, o Centro de Controle de Zoonoses atuou CCZ em mais de 35 bairros, realizando inspeções e ação de bloqueios de transmissão espacial (UBV) e focal contra as arboviroses. Foram realizados mais de 90 bloqueios de focos, visitados mais de 600 imóveis e 2.921 depósitos inspecionados. Nas atividades de controle de roedores, mais de 280 pontos foram desratizados, além de ações educativas nos bairros.
“O nosso trabalho é contínuo; começou antes e se manteve a todo vapor durante o carnaval, e se prorrogará intensamente até seis semanas após a festa, janela epidemiológica que merece atenção especial das nossas equipes. É válido destacar que pela primeira vez, este ano, disponibilizamos a vacinação de rotina durante todos os dias da folia momesca, oportunizando a imunização de centenas de pessoas que aproveitaram o feriado para cuidar da saúde”, disse Alves.
“Também executamos ações assistenciais, preventivas e educativas nos programas Salvador Acolhe e Catafolia, cuidando desses trabalhadores temporários e de seus filhos. Essas foram algumas das ações que executamos que contribuem para uma população mais saudável, protegida de agravos e doenças”, finalizou.