Quando se fala em Carnaval de Salvador, os circuitos Dodô (Barra-Ondina) e Osmar (Campo Grande) costumam ser os mais lembrados. Mas a folia na capital baiana vai muito além desses dois trajetos. Ao todo, a cidade conta com oito circuitos oficiais, cada um com uma identidade única e atrações para todos os públicos. São mais de 2,5 mil horas de música espalhadas por diferentes pontos da cidade, garantindo uma festa democrática e vibrante.
De palcos alternativos a trajetos históricos, cada circuito carrega sua própria essência, proporcionando experiências que vão do tradicional ao inovador.
Conheça os circuitos oficiais da folia soteropolitana:
- Circuito Mestre Bimba
O Circuito Mestre Bimba, no Nordeste de Amaralina, carrega no nome a homenagem a Manoel dos Reis Machado, criador da capoeira regional. Desde 2004, recebe blocos de afoxé, samba, capoeira e grupos de travestidos, tornando-se um espaço de resistência e celebração afro-brasileira.
- Circuito Batatinha
No coração do Centro Histórico, o Circuito Batatinha resgata as raízes do Carnaval de Salvador. Sem trios elétricos, o percurso pelas ruas de pedra do Pelourinho é embalado por fanfarras, blocos afro e marchinhas, atraindo famílias e nostálgicos da folia tradicional. Seu nome reverencia o sambista Batatinha, um dos maiores nomes do gênero na Bahia.
- Circuito Sérgio Bezerra
Para quem curte fanfarras e bandas de sopro, o Circuito Sérgio Bezerra, na Barra, é o destino certo. O trajeto entre o Farol da Barra e o Morro do Cristo se consolidou como ponto de encontro de grupos tradicionais, como o bloco Habeas Copus, criado pelo homenageado que dá nome ao circuito.
- Circuito Orlando Tapajós
Já o Circuito Orlando Tapajós é conhecido como o percurso invertido do Carnaval. Em vez de começar no Farol da Barra, parte da Ondina e segue para a Barra. Criado para dar espaço ao Furdunço e ao Fuzuê, o circuito mantém viva a tradição dos mini trios, bandinhas e batucadas, e homenageia o visionário Orlando Tapajós, criador do icônico Caetanave.
- Circuito Mãe Hilda Jitolu
No bairro da Liberdade, o Circuito Mãe Hilda Jitolu mantém há mais de 50 anos a tradição do Ilê Aiyê, o mais antigo bloco afro do Brasil. Oficializado em 2021, homenageia a ialorixá Mãe Hilda, guia espiritual do Ilê e uma das mais importantes lideranças religiosas do país.
- Circuito Riachão
No Garcia, o Circuito Riachão segue os passos do bloco Mudança do Garcia, que há décadas transforma as ruas em palco de manifestações culturais e políticas. Oficializado em 2015, celebra o legado do sambista Clementino Rodrigues, o Riachão, uma das figuras mais emblemáticas do samba baiano.
O projeto Alô Alô Folia é uma realização do Alô Alô Bahia e tem apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador e do Carnaval da Bahia 2025. Sinta o axé, curta a Bahia. Governo do Estado presente faz o Carnaval.
