O Afoxé Filhos de Gandhy divulgou uma nota oficial, nesta segunda-feira (24), após a repercussão de um comunicado que afirmava que apenas homens cisgênero poderiam participar do bloco no Carnaval deste ano.
O posicionamento inicial, que se baseava no artigo 5º do Estatuto Social da associação, gerou debate nas redes sociais, recebendo diversas acusações de transfobia. Entidades LGBTQIA+ se manifestaram sobre o caso.
No comunicado mais recente, o bloco reafirmou sua tradição de 76 anos como uma irmandade formada exclusivamente por pessoas do sexo masculino, independentemente de raça, credo, cor, religião, orientação sexual ou classe social.
A organização reconheceu a importância das discussões sobre inclusão e informou que retirou do termo de aceite a menção ao termo “masculino cisgênero”, mantendo apenas “sexo masculino”. Além disso, anunciou que convocará uma assembleia geral para debater possíveis mudanças no estatuto.
“Reconhecemos que a sociedade está em constante transformação e que debates sobre inclusão são fundamentais. Estamos sempre dispostos ao diálogo respeitoso e à reflexão sobre como manter nossas tradições vivas, ao mesmo tempo em que acolhemos as discussões da sociedade. Nesse sentido, recolhemos o termo de aceite onde consta a palavra masculino cisgenero, passando constar apenas do sexo masculino, quanto a alteração no estatuto posteriormente convocaremos uma assembleia geral para discutir o assunto”, diz o comunicado.
Ver essa foto no Instagram
Com o tema “Ogum – O senhor do Ferro, dos Metais e da Tecnologia”, o Filhos de Gandhy se prepara para desfilar no domingo (Avenida), segunda (Barra-Ondina) e terça (Avenida).
O projeto Alô Alô Folia é uma realização do Alô Alô Bahia e tem apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador e do Carnaval da Bahia 2025. Sinta o axé, curta a Bahia. Governo do Estado presente faz o Carnaval.