A exposição ‘After the End: Cartographies for Another Time’ começou em janeiro e seguirá em cartaz até 1º de setembro de 2025, no Centre Pompidou-Metz, em Métis, na França. A mostra reúne 40 artistas internacionais para refletir sobre narrativas além da modernidade ocidental e suas fronteiras.
Entre os destaques está ‘Templo de Oxalá’, obras do mestre Rubem Valentim, ícone da arte brasileira, cuja estética singular une símbolos das culturas afro-brasileiras à linguagem construtiva.
O ‘Templo de Oxalá’ é um grupo especial de vinte esculturas e dez relevos de Rubem Valentim (1922-1991), em que a cor branca é predominante. As peças foram emprestadas pelo Museu de Arte Moderna da Bahia, que fica em Salvador e apresentou a exposição individual do artista em 2022.
O Pompidou de Métis representa a primeira experiência de descentralização e extensão do Centro Georges Pompidou de Paris.
Abstrações geométricas de Rubem Valentim ganham destaque ao participar de exposição na França
Sobre Rubem Valentim
Nascido em Salvador em 1922, o artista faleceu em São Paulo em 1991. Foi escultor, pintor, gravador e professor de artes plásticas. Desenvolveu seu trabalho a partir de elementos simbólicos da cultura popular e da semiótica afro do Candomblé.
Valentim criou um diálogo entre a geometria da simbologia religiosa e a geometria formal de uma importante parcela da arte moderna, aproximando o que então podia ser considerado como “arcaico” daquilo que era visto como “moderno”. Com isso, inseriu uma dimensão religiosa que atravessava a geometria formal, de certa forma humanizando e carregando de força simbólica sua racionalidade geométrica.
