Tudo em casa. A artista plástica soteropolitana Nádia Taquary, com obras expostas mundo afora, será a guia de sua própria exposição, Òná Ìrín: Caminho de Ferro, no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), na Rua das Vassouras, em Salvador.
Exclusivas, as visitas mediadas pela escultora acontecerão em três datas, sempre às 15h30: nas duas últimas quartas de fevereiro, 19 e 26, e, por fim, no dia 18 de março, uma terça-feira. O acesso ao Muncab é gratuito às quartas-feiras e domingos. Nos demais dias, os ingressos custam entre R$ 10 e R$ 20.
É uma oportunidade de adentrar à memória, espiritualidade e resistência afro-brasileira sob a ótica de Taquary. A mostra, em cartaz no Muncab até 23 de março, apresenta esculturas, joalheria e instalações inspiradas nas tradições nagô e iorubá, evocando a força de Ogum Xoroquê e a potência das lyami Aje, figuras místicas do universo feminino africano.
Os encontros serão limitados a grupos pequenos, de forma a preservar uma experiência mais próxima e interativa com a artista. Portanto, faz-se necessária a inscrição prévia por meio de três formulários on-line. Veja abaixo:
- quarta-feira (19/2), às 15h30, acesso gratuito ao museu (inscrições aqui)
- quarta-feira (26/2), às 15h30, acesso gratuito ao museu (inscrições aqui)
- terça-feira (18/3), às 15h30, acesso pago ao museu (inscrições aqui)
Com curadoria de Ayrson Heráclito, Marcelo Campos e Amanda Bonan, Òná Ìrín: Caminho de Ferro tem projeto expositivo tem expografia assinada pela arquiteta Gisele de Paula e trilha sonora de Tiganá Santana e Virgínia Rodrigues.
A artista
A artista plástica baiana Nádia Taquary é aclamada por sua linguagem estética que celebra a ancestralidade afro-brasileira e a cultura de resistência do povo negro. Com uma técnica singular que mescla escultura e simbolismo, suas obras utilizam materiais como madeira, cordas e metais, remetendo a ornamentos e tradições do candomblé. Taquary cria trançados, colares e formas que evocam elementos de poder e proteção, inspirados nos adornos e símbolos das religiões de matriz africana.
Cada peça, cuidadosamente moldada, assume uma dimensão ritualística e narrativa, reafirmando a arte como espaço de memória e identidade afro-brasileira.
Seu trabalho já foi apresentado em importantes instituições e eventos, como o MUNCAB (Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira, 2023), o MAR (Museu de Arte do Rio, 2014), a SP-Arte (2016), a Arte Rio (2015), a Ill Bienal da Bahia (2014) e a Galerie Agnes Monplaisir (Paris, 2016). Além disso, faz parte de diversas coleções particulares no Brasil e no exterior.