De passagem por Salvador, Marisa Monte fez questão de voltar ao Instituto Oyá, em Pirajá, quase dois anos depois de ter ido pela primeira vez. A cantora e compositora passou a tarde desta terça-feira (19) no espaço situado no terreiro Ilê Axé Oyá.
Lá, por quatro horas, ela guiou uma roda de conversa com os professores sobre arte-educação, metodologia implementada na entidade há mais de 30 anos, com foco no pensamento antirracista.
“Pude conversar com todo o corpo docente e as pessoas que trabalham aqui para fazer com que esse espaço possa acolher cada vez mais crianças, transformando a realidade delas, conscientizando e oferecendo um futuro com mais horizontes“, disse Marisa em vídeo publicado pelo Oyá.
Quando Marisa chegou, foi recepcionada por uma apresentação do núcleo musical de percussão, liderado por Mestre Gordo. Bem à vontade, como quem já é de casa, abraçou e tirou fotos com todos que estavam presentes.

Logo ao chegar no Instituto Oyá, Marisa Monte foi surpreendida pelo grupo percussivo da entidade | Foto: Evandro Pitta

Logo ao chegar no Instituto Oyá, Marisa Monte foi surpreendida pelo grupo percussivo da entidade | Foto: Evandro Pitta
Ela, que foi condecorada com o título de Doutora Honoris Causa pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), estava tão disposta a conversar, ouvir e transmitir seus conhecimentos que o Instituto, que funciona até às 17h, estendeu as atividades até quase às 19h.

Marisa, que é Doutora Honoris Causa em Educação pela USP, guiou uma conversa sobre a arte como elemento indispensável na formação de jovens | Foto: Evandro Pitta
Marisa também deu “um pulinho” no ateliê do artista plástico Alberto Pitta, onde o Carnaval do bloco Cortejo Afro é tecido a muitas mãos. Terminado o papo, uma mesa com bolo de tapioca, suco e frutas aguardava Marisa e os colaboradores.
O Instituto Oyá
O Instituto Oyá, fundado em 1998 dentro do terreiro Ilê Axé Oyá, em Pirajá, surgiu a partir do desejo da Ialorixá, Anísia da Rocha Pitta e Silva, Mãe Santinha, em contribuir para o desenvolvimento humano, intelectual e artístico de crianças e jovens do bairro, em situação de vulnerabilidade.