Bolsonaro minimiza possível denúncia da PGR por tentativa de golpe: ‘Zero preocupação’

Bolsonaro minimiza possível denúncia da PGR por tentativa de golpe: ‘Zero preocupação’

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Saulo Cruz/Agência Senado

Publicado em 18/02/2025 às 17:32 / Leia em 2 minutos

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta terça-feira (18), não estar preocupado com a possível denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que pode resultar na abertura de um processo judicial contra ele por tentativa de golpe. A declaração foi dada em uma entrevista coletiva, após almoço com parlamentares da oposição no Senado.

A expectativa é que a acusação seja formalizada ainda nesta semana, provavelmente na quarta-feira (19).

Questionado sobre o assunto durante encontro com senadores da oposição, Bolsonaro foi direto: “Eu não tenho nenhuma preocupação. Zero!”.

O ex-presidente também criticou as investigações e reclamou da falta de acesso a informações, como a delação do tenente-coronel Mauro Cid e a chamada “minuta do golpe”. No entanto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes já negou essas alegações.

Além de se posicionar sobre o possível processo, Bolsonaro voltou a atacar a Justiça Eleitoral. No fim de semana, sem apresentar provas, ele acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de receber dinheiro estrangeiro para incentivar jovens a tirarem o título de eleitor.

O que pode acontecer?

A denúncia contra Bolsonaro está sob análise do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Ele tem três opções:

  • Pedir a abertura de uma ação penal contra o ex-presidente;
  • Solicitar o arquivamento do caso;
  • Determinar novas diligências antes de tomar uma decisão.

A tendência, segundo especialistas, é que a PGR denuncie Bolsonaro, o que levaria o caso ao STF, com Moraes como relator do processo.

Os crimes apontados são abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Somadas, as penas totalizam 28 anos de prisão.

Após apresentação da denúncia pela PGR, caso ela seja aceita pelo Judiciário, os investigados passam para a condição de réus em ações penais e o STF pode iniciar as etapas do julgamento.

Entre os indiciados pela PF, além de Jair Bolsonaro, estão Ailton Gonçalves, Carlos Cezar Rocha, o general Estevam Theofilo, Mauro Cezar Cid, Técio Arnald, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e Paulo Renato Figueiredo Filho.

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