A Bahia deve seguir com temperaturas elevadas e calor até o final deste mês de fevereiro. Nesta semana, em particular, a atuação de sistemas de alta pressão tem reduzido a quantidade de nuvens, permitindo maior incidência de radiação solar sobre o solo, o que ocasiona que as temperaturas subam ainda mais. As temperaturas seguem sem maiores mudanças, apresentando máxima de 34°C e mínima de 24°C, conforme indica o serviço de meteorologia do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
De acordo com a meteorologista Cláudia Valéria, nas regiões onde o tempo permanece mais nublado e chuvoso —como o centro, oeste e sudoeste do estado—, as temperaturas não atingem os maiores valores registrados nesse período. “As áreas que costumam registrar os índices mais elevados incluem o Vale do São Francisco, o Nordeste baiano e toda a faixa leste, incluindo Salvador. A previsão indica a continuidade desse padrão de calor, não apenas nos próximos dias, com predomínio do sol em grande parte do estado, mas também ao longo de fevereiro, março e até a primeira quinzena de abril. Esse é o período que antecede o início do outono e o retorno das chuvas no setor leste da Bahia, o que tende a amenizar as temperaturas”, destacou.
A meteorologista também ressaltou que o mês de março ainda segue com temperaturas elevadas, pois o período chuvoso da faixa leste, especialmente em Salvador, Litoral Norte e Nordeste baiano, ainda não começou. “Além disso, grande parte da região semiárida também continua registrando temperaturas altas ao longo do mês. No entanto, por estarmos em um período de transição para a estação chuvosa no setor leste, algumas mudanças começam a acontecer”, acrescentou.
Eventualmente, sistemas meteorológicos podem provocar chuvas, trazendo dias mais nublados e, consequentemente, uma leve redução nas temperaturas. Mas essa queda é temporária, pois, logo em seguida, os termômetros voltam a subir. “O que vivemos hoje é resultado de anos de desmatamento, uso intensivo de combustíveis fósseis e outras ações que contribuem para as mudanças climáticas. Todos nós temos um papel nesse processo. Precisamos rever nossos hábitos, sair da teoria e aplicar na prática medidas que já são conhecidas e respaldadas pela ciência”, afirmou Cláudia.