Os 131 anos de nascimento de Mãe Menininha do Gantois e os 33 anos do memorial em homenagem à líder religiosa, que faleceu em 1986, foram celebrados, na noite desta segunda-feira (10), no terreiro Ilé Iyá Omi Axé Iyamasé (Gantois), na Federação, em Salvador.
Sob o comando da ialorixá Mãe Carmem, lideranças do candomblé e autoridades civis acompanharam palestras e apresentações musicais.
O evento teve o apoio da Setur Bahia, por meio do projeto Agô Bahia, que atua na valorização das religiões de matriz africana e incremento do afroturismo baiano.
Maria Escolástica da Conceição Nazaré morreu aos 92 anos, e fez história sendo um exemplo de convivência com outras religiões, e de combate à intolerância religiosa.
Mãe Menininha era filha dos descendentes de africanos Joaquim e Maria da Glória, que eram da nação Egbá-Arakê, das terras de Agbeokutá, no sudoeste da Nigéria. A Ialorixá era bisneta dos negros libertos Maria Júlia da Conceição Nazareth e Francisco Nazareth de Eta.
A mãe de santo foi iniciada no Candomblé aos oito meses de idade, para o orixá Oxum e, desde cedo, seguiu a tradição da família na religião no terreiro do Gantois. O templo religioso, no bairro da Federação, tem origem Ketu, e mantém a política do matriarcado e de sucessão hereditária familiar. A matriarca morreu no dia 13 de agosto de 1986.
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