Natural de Ilhéus, no sul da Bahia, FP do Trem Bala se consolidou como um dos grandes nomes do funk 150 BPM, sendo reconhecido como uma das maiores revelações do cenário musical nacional. A trajetória do cantor, DJ e produtor, que se mudou ainda adolescente para o Rio de Janeiro, reflete a força e a criatividade das periferias, conquistando o público com hits que se tornaram hinos do funk.
O grande salto de sua carreira veio em 2018, com o hit “Vamos Pra Gaiola”, parceria com Kevin O Chris, viralizando e se tornando um marco no gênero mais acelerado do funk. Com mais de 134 milhões de streams no Spotify e 105 milhões de visualizações no YouTube, a faixa conquistou o Brasil e ajudou o baiano de 25 anos a ultrapassar fronteiras.
A partir do primeiro sucesso, FP, sigla para Felipe Pereira, emplacou sucessos como “Ela Vem” e “Brota No Meu Setor”, ao lado de Rodrigo da CN e DJ Zygão. “Eu nunca imaginei que a música fosse mudar minha vida de uma forma tão grande. Poder levar minha música para as periferias e para o Brasil inteiro é uma honra. Quero continuar levando o funk para o topo”, diz o funkeiro, que, apesar de não morar mais na Bahia, ainda faz visitas frequentes e está sempre atento ao que é produzido em sua terra natal.
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Há poucos dias, por exemplo, ele postou fotos em Morro de São Paulo, onde curtiu as belezas naturais e se disse “feliz no simples”. Em termos musicais, ele diz gostar muito de pagodão baiano e cita artistas como Marcio Victor, do Psirico, e O Kannalha, com quem gravou a música “Me Bota”, entre seus favoritos.
Até chegar onde está hoje, FP passou por muitas experiências, que marcaram seu início de trajetória modesto. Ainda na Bahia, ele pegava um microfone velho do pai e ficava fingindo que estava cantando para uma multidão. Mesmo com a vista para um terreno baldio, ele já tinha a música como paixão e, já no Rio, aprendeu a mixar em uma lan house, utilizando o laptop de uma tia para tocar em bailes locais, sem imaginar o impacto que sua música teria um dia, conquistando seguidores de todo o país.
“Eu sou muito grato por tudo o que a Bahia me deu. Cada show que faço é uma oportunidade de levar um pouco da minha cultura para o Brasil inteiro”, celebra o jovem fenômeno das pistas e das plataformas digitais.