O empresário baiano Nizan Guanaes compartilhou, por meio de sua rede social, a sua opinião sobre quais devem ser os próximos passsos para minimizar os estragos da tragédia que aconteceu nesta quarta-feira (5) na Igreja de São Francisco, no Pelourinho. Para o embaixador da boa vontade da Unesco, “não é hora de politizar o que aconteceu” nem de “ficar caçando culpados”.
“Até porque, para ser justo, esse é um problema do patrimônio histórico do Brasil”, justificou ele. O teto da famosa “igreja do ouro”, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desabou, causou uma morte e deixou seis feridos.
“Na hora certa, é preciso se fazer um orçamento do que é necessário para restaurar a igreja e, a partir disso, convocar um conjunto de baianos proeminentes, formadores de opinião, para a gente se articular e buscar recursos em empresas e parceiros. Isso é o que temos que fazer“, sugeriu Nizan. “Não é hora de encontrar culpados, gastar energia nisso. Ao meu ver, é hora de [ver] como sanar aquele problema”, continuou ele.
E finalizou: “Do ponto de vista do Brasil, uma reflexão sobre este patrimônio histórico, que está abandonado. Tambem é importante ver que há uma escassez de recursos – mas, isso é para outro momento. Agora é resolver o problema, e não ficar caçando culpados“. Classificada como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo, um processo de restauração do edifício estava em andamento, gerenciado pelo Iphan. Há cerca de seis meses, o templo religioso teve seu projeto de reforma aprovado.
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Ainda na tarde do acidente, Nizan já havia se pronunicado em um post via Instagram: “Não consigo entender isso. Numa terra que diz preservar tanto a cultura, acontece isso. Há anos, fui a Salvador e a Igreja de São Francisco estava caindo aos pedaços, inclusive o grande painel de azulejos mostrando Lisboa antes do terremoto. São Francisco, rogai por nós“.
Em comunicado, o Ministério da Cultura, juntamente com a entidade patrimonial, destacou que está monitorando de perto a situação, em colaboração com as autoridades presentes no local, como as equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil.
“O imóvel é de propriedade da Ordem Primeira de São Francisco, responsável direta pela gestão e manutenção da edificação. O Iphan, enquanto órgão de proteção do patrimônio cultural brasileiro, tem atuado na preservação do bem, com ações como o restauro dos painéis de azulejaria portuguesa, concluído em maio de 2023, e a elaboração do projeto de restauração do edifício, atualmente em andamento”, diz a nota.
