O Vale do São Francisco e o Oeste baiano vão ganhar um reforço importante no setor elétrico: cerca de 1.110 km de novas linhas de transmissão de energia. O avanço acontece graças a um acordo firmado entre a ISA ENERGIA BRASIL e o Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), assinado nesta terça-feira (29).
Batizada de “Projeto Serra Dourada”, a iniciativa promete ampliar a infraestrutura elétrica do estado, facilitando a conexão de novas usinas de energia renovável e garantindo mais estabilidade para municípios e indústrias da região.
“O protocolo assinado é essencial para impulsionar os parques eólicos e solares, além de reforçar o compromisso do governador Jerônimo Rodrigues com o desenvolvimento sustentável da Bahia. Não há transição energética sem transmissão de energia. O investimento privado estimado ultrapassa R$ 3 bilhões e resolverá gargalos da agroindústria, beneficiando 20 municípios e garantindo a construção de três novas subestações em Campo Formoso, Barra e Correntina”, destaca o secretário da SDE, Angelo Almeida.
A expectativa é que a obra, prevista para durar 20 meses, gere cerca de 6.100 empregos diretos e indiretos entre as fases de construção e operação. Segundo Dayron Urrego, diretor executivo de projetos da ISA ENERGIA BRASIL, os trabalhos devem começar logo após a liberação da Licença de Implementação, prevista para abril de 2025.
Além do impacto positivo na infraestrutura e no setor elétrico, o projeto deve destravar o potencial de novas usinas solares e eólicas, além de impulsionar indústrias e a mecanização da agricultura no Oeste baiano. “Essa parceria representa um passo decisivo para a modernização da nossa matriz energética e o fortalecimento da economia do estado nas próximas décadas”, afirma Urrego.
O secretário do Planejamento, Cláudio Peixoto, reforçou o compromisso do governo em atrair investimentos e melhorar a infraestrutura da Bahia. “A cooperação entre o setor público e privado é fundamental para projetos desse porte. O Serra Dourada não só movimenta a economia e gera empregos, mas também acelera a transição energética e abre novas oportunidades de negócios para a região”