O Museu do Louvre, em Paris, passará por uma grande transformação, incluindo a criação de um espaço exclusivo para a Mona Lisa. A novidade faz parte de um ambicioso plano de expansão e renovação do maior museu do mundo, revelado pelo presidente francês Emmanuel Macron nesta terça-feira (28).
Em um discurso realizado em frente à icônica obra-prima de Leonardo da Vinci, Macron detalhou que o Louvre ganhará uma nova entrada na fachada oriental, próxima ao Rio Sena. A mudança visa aliviar a superlotação do museu, que atualmente atrai quase nove milhões de visitantes por ano. O objetivo é elevar esse número para 12 milhões de visitantes anuais, oferecendo uma experiência mais confortável e organizada.
A Mona Lisa, responsável por atrair cerca de 80% do público do Louvre, será transferida para um espaço de exposição totalmente novo sob o Cour Carrée, pátio localizado na área leste do museu.
Esse ambiente, planejado para oferecer uma experiência única, terá entrada independente do restante do museu e exigirá um ingresso exclusivo.
Concurso internacional
Para conduzir as reformas, que incluem a modernização da infraestrutura antiga do Louvre, o Ministério da Cultura promoverá um concurso internacional de arquitetura ainda este ano. A previsão é de que as obras, incluindo a nova entrada, sejam concluídas até 2031. Macron destacou que a renovação busca posicionar o Louvre como “o epicentro da história da arte”, não apenas para a França, mas para o mundo.
O financiamento da reforma será viabilizado, em parte, por meio do aumento no valor dos ingressos para visitantes de fora da União Europeia, que começará a ser implementado em 2026.
Além disso, o limite diário de visitantes, atualmente fixado em 30 mil pessoas, será mantido para evitar o excesso de público e melhorar a experiência dos frequentadores.
A última grande reestruturação do Louvre ocorreu na década de 1980, quando a icônica Pirâmide de Vidro, projetada pelo arquiteto IM Pei, foi inaugurada. Originalmente, ela foi pensada para receber metade do público atual, o que reforça a necessidade das novas mudanças.