Considerado um dos principais cineastas do Brasil e do mundo, Walter Salles marcou, novamente, a história do cinema brasileiro com uma importante conquista. Nesta quinta-feira (23), “Ainda Estou Aqui”, estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, foi indicado ao Oscar 2025. O longa, que despontou como a obra dirigida pelo cineasta carioca com o maior público nos cinemas brasileiros, é inspirado na história da família do escritor Marcelo Rubens Paiva e concorre à estatueta nas categorias de Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz.
“Muita alegria e emoção pela indicação tão merecida da Nanda, 26 anos depois de dona Fernanda, e do filme. Esse é um momento de celebração não só para todos nós que fizemos ‘Ainda estou aqui’, mas para toda a cultura brasileira. É o reconhecimento da literatura brasileira através do livro seminal de Marcelo (Rubens Paiva), da música brasileira genial de Caetano, Gal, Erasmo e Tom Zé, do cinema brasileiro que forma atores e artistas tão incríveis quanto os que eu tive a honra de colaborar com em ‘Ainda estou aqui’ (…) Acima de tudo, é o reconhecimento da importância de Eunice Paiva como protagonista da história do país, algo que o público brasileiro soube abraçar antes de qualquer outro. Uma parte importante dessas indicações se deve à cada uma das 3,6 milhões de pessoas que foi ao cinema para se reencontrar com um pedaço submerso da história do Brasil. Esse retorno do público gerou artigos em muitos jornais fora do Brasil, o que acabou construindo uma maior atenção para o filme (…) Não fizemos propriamente uma ‘campanha’, e sim uma série de projeções e debates em muitos países em torno do filme. A trajetória do filme pelo mundo foi construída por uma família muito pequena de pessoas, sem festas ou jantares, falando sobre o que importa: cinema”, declarou
“Ainda estou aqui”, que teve uma aclamada pré-estreia na capital baiana em setembro de 2024, é o terceiro filme de Walter Salles a ser indicado ao Oscar. “Central do Brasil” concorreu a melhor filme internacional e atriz, em 1999, enquanto que “Diários de motocicleta” concorreu a melhor roteiro adaptado e venceu melhor canção original.