A Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstrou preocupação com a decisão dos Estados Unidos de se retirar da agência global, anunciada pelo ex-presidente Donald Trump logo após a posse, na segunda-feira (20).
Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (21), o porta-voz da organização, Tarik Jašarević, expressou o desejo de que o país reveja a medida.
“Esperamos que os EUA reconsiderem. Nosso objetivo é promover um diálogo construtivo que beneficie não apenas os americanos, mas também pessoas em todo o mundo”, afirmou Jašarević em Genebra.
A saída oficial foi confirmada como parte de uma série de ordens executivas assinadas. Entre as ações, também está a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris, consolidando uma postura de distanciamento em questões globais.
Essa decisão não é inédita. Ainda em julho de 2020, durante o auge da pandemia de Covid-19, o governo Trump anunciou formalmente a saída do país da OMS. Na época, o governo justificou a medida citando falhas na gestão da pandemia, que teve origem em Wuhan, na China, além de uma suposta falta de independência da organização em relação a pressões políticas de estados-membros.
A OMS, que desempenhou papel central no combate à crise sanitária, considera essencial a participação dos Estados Unidos, um dos principais financiadores da organização. A saída do país pode comprometer iniciativas globais de saúde pública e cooperação internacional em tempos de crises sanitárias e ambientais.
A decisão de deixar a OMS reflete uma política externa baseada em prioridades nacionais, mas gera questionamentos sobre o impacto nos esforços globais de enfrentamento a crises de saúde. Especialistas temem que a medida possa enfraquecer ações coletivas no combate a pandemias e outras emergências globais.