A Esmeralda Bahia, uma gigante de 380 kg, considerada um dos maiores tesouros naturais do Brasil, está a caminho de retornar ao país. Extraída em 2001 na cidade de Pindobaçu, norte da Bahia, a pedra bruta, avaliada em impressionantes 1 bilhão de dólares (mais de R$ 6 bilhões), será repatriada dos Estados Unidos após uma longa disputa judicial.
A formalização da devolução foi confirmada em novembro de 2024, quando a Justiça dos EUA acatou o pedido do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), encerrando uma batalha judicial de mais de 20 anos.
Embora a data de chegada ao Brasil ainda não tenha sido definida, a esmeralda deverá integrar o acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, conforme anunciou a Advocacia-Geral da União (AGU).
Histórico de contrabando e fraudes
De acordo com a AGU, a pedra preciosa foi extraída e comercializada ilegalmente, sendo enviada aos Estados Unidos em 2005 por meio de documentos falsificados. Em 2017, uma decisão da Justiça Federal em Campinas (SP) condenou dois empresários, Elson Alves Ribeiro e Ruy Saraiva Filho, pelos crimes de receptação, uso de documento falso e contrabando. Na ocasião, ficou determinada a devolução da esmeralda ao Brasil.
A AGU tem desempenhado papel crucial no caso, com quase uma década de atuação, e contou com a colaboração do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) para solicitar a cooperação jurídica internacional.
Em maio de 2022, o Departamento de Justiça dos EUA já havia acolhido a decisão da Justiça brasileira, facilitando o desfecho favorável da repatriação.