Após procedimento cardíaco, Guilherme Arantes ‘chuta o balde’ e dá pausa na carreira em 2025: ‘Peixe fora do aquário’

Após procedimento cardíaco, Guilherme Arantes ‘chuta o balde’ e dá pausa na carreira em 2025: ‘Peixe fora do aquário’

Redação Alô Alô Bahia

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Publicado em 02/01/2025 às 09:39 / Leia em 3 minutos

O cateterismo com angioplastia inesperado que Guilherme Arantes fez na última quinta-feira, 26 de dezembro, mexeu não só com seu coração, mas também com a cabeça do artista baiano. Por conta da operação, o cantor cancelou dois compromissos: um show de Réveillon em Santos e uma apresentação no Navio Roupa Nova, agendados para 31 de dezembro e 3 de janeiro, respectivamente.

E na terça-feira (31), Arantes anunciou no Facebook que dará pausa na carreira ao longo de 2025, com retorno marcado somente para 2026. Editado, o comunicado foi repostado nesta quarta-feira, 1º de janeiro, no Instagram do artista.

“É isso mesmo: 2025 já está parcialmente traçado ‘para’ mim, e parcialmente traçado ‘por’ mim. Não estou dizendo ‘adeus’ a nada, apenas um até breve“, informou Arantes no comunicado.

Zero promessas, zero compromissos de prosseguir nessa toada compulsória chamada de ‘carreira’. Chuto o balde, me rebelo para sobreviver. Não estou suportando mais, sou um bizarro replicante, desencaixado num jogo em que perdi o fio da meada“, desabafou em um dos trechos.

O cantor se mostrou aborrecido e declarou, entre outras palavras, que o momento não é fácil para a indústria musical. Arantes se sente um “peixe fora do aquário”, “chateado e reflexivo” e sinalizou inadequação ao modo como opera atualmente o “showbiz”, especialmente ao modelo vigente no mercado de shows.

Leia o texto na íntegra:

“Feliz ano novo a todos! Nos vemos em 2026! Não, vocês não leram errado, nem eu me enganei . É isso mesmo: 2025 já está parcialmente traçado ‘para’ mim, e parcialmente traçado ‘por’ mim. Não estou dizendo ‘adeus’ a nada, apenas um até breve. Diferentemente da maioria dos meus colegas de profissão, sou um agente sem agenda. Zero promessas, zero compromissos de prosseguir nessa toada compulsória chamada de ‘carreira’. Chuto o balde, me rebelo para sobreviver. Não estou suportando mais, sou um bizarro replicante, desencaixado num jogo em que perdi o fio da meada.

Tenho um pé atrás em relação ao que chamarei genericamente de ‘processos coletivos’. O que é ‘coletivo’? Multidão. Amontoamento de pessoas. Eu respeito tudo, mas posso ter desenvolvido uma sensação de estranhamento.

Adoro tocar para as pessoas, tenho amor e intensidade na mensagem, na função pública. Mas confesso que – não é de hoje – venho me sentindo um peixe fora do aquário.

E ainda mais agora, que tomei um tranco e me vi obrigado a não estar em dois eventos que serviriam pra eu me sentir ‘ainda servindo para alguma coisa’… nessa nova ordem artística que privilegia a festa, o encontro, a mistura, a ‘experiência imersiva’ que o mercado de shows oferece.

Estou bem chateado e reflexivo, questionador, se querem saber. Não é um momento fácil. Seria bem mais fácil se eu relaxasse e curtisse a vida e saboreasse o sucesso, me entregando ao ‘play for cash’… mas não sou assim .

Não sou exatamente um ‘performer’ num mundo dominado pelo entretenimento.

Compositor compulsivo e compulsório por nascença e por escolha, às vezes sinto que não sirvo para muita coisa neste mundo, exceto para um seleto grupo – graças a Deus, agradeço e dou valor todos os dias – de apreciadores da minha evolução artística. Agradeço também ao Universo por me trazer a meio século de música com significado e consistência de um amor incondicional.

Serventia para o showbiz é outra coisa”.

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