O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciou em suas redes sociais que vai acionar o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público Federal (MPF) para investigar supostos casos de improbidade administrativa relacionados aos gastos da primeira-dama, Janja Lula da Silva. A publicação foi feita em seu perfil no X (antigo Twitter), gerando repercussão nacional.
Segundo Nikolas, as despesas de Janja estariam associadas a viagens, hospedagens e uso de recursos públicos para promover sua presença nas redes sociais. “Além de promover shows com dinheiro público e gastar milhões em viagens e hotéis luxuosos, Janja também possui um gabinete próprio bancado com os impostos dos brasileiros”, afirmou o parlamentar.
O congressista também destacou que o gabinete da primeira-dama, mantido com verba pública, e o suposto uso de servidores para fins pessoais configurariam, em sua visão, “desvio de função”.
“Janjômetro”
Os números citados por Nikolas têm como base o “Janjômetro”, uma plataforma criada pelo deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil-SP). O sistema reúne dados do Diário Oficial da União (DOU) e do Portal da Transparência para monitorar as despesas de Janja.
De acordo com a ferramenta, as despesas da primeira-dama já alcançam R$ 66.875.823,95, sendo a maior parte dos gastos atribuída a viagens. A plataforma também utiliza reportagens de veículos de comunicação e contribuições de leitores para alimentar as informações divulgadas.
Os criadores do “Janjômetro” afirmam que o objetivo é aumentar a transparência no uso de recursos públicos, especialmente em tempos de ajustes fiscais e contenção de despesas no governo federal.
Nikolas Ferreira criticou duramente os gastos da primeira-dama, ressaltando a contradição entre os valores e a política de austeridade sinalizada pelo governo. “Não podemos admitir a continuidade desta farra com dinheiro público para benefício privado”, escreveu em sua publicação.
Até o momento, nem Janja Lula da Silva nem o governo federal se manifestaram oficialmente sobre as declarações do deputado ou a possível abertura de investigações.