Taxa de acesso ao Parque de Jericoacoara é adiada novamente após reunião com Marina Silva

Taxa de acesso ao Parque de Jericoacoara é adiada novamente após reunião com Marina Silva

Redação Alô Alô Bahia

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Tiago Mascarenhas

Shutterstock

Publicado em 20/12/2024 às 18:58 / Leia em 2 minutos

Em um novo capítulo das negociações sobre a cobrança de taxa de acesso ao Parque Nacional de Jericoacoara, representantes da comunidade local, autoridades estaduais e federais se reuniram com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A implementação da medida, inicialmente prevista para 20 de dezembro, foi adiada para março de 2025, após sucessivos adiamentos devido à necessidade de ajustes no modelo proposto.

O principal ponto de discussão foi a garantia de trânsito livre para moradores e trabalhadores na Vila de Jericoacoara, sem custos adicionais. A comunidade relembrou que audiências públicas realizadas antes da concessão do parque, em 2022, asseguraram o direito de circulação gratuito para quem não utiliza os serviços da área protegida.

Lucimar Vasconcelos, presidente do Conselho Comunitário de Jericoacoara, destacou que o cumprimento desse compromisso é essencial para a população. “Estamos atentos para que o compromisso de permitir o trânsito sem custos seja cumprido”, afirmou.

A taxa de ingresso, que começará em R$ 50 por visitante no primeiro ano, poderá ultrapassar R$ 120 em anos futuros. Além disso, turistas já pagam uma Taxa de Turismo Sustentável de R$ 41,50, válida por dez dias, à Prefeitura de Jijoca. A comunidade teme que a nova cobrança prejudique a economia local, afastando visitantes e penalizando moradores que não utilizam o parque.

Durante a reunião, a concessionária Urbia + Cataratas Jericoacoara justificou a taxa como necessária para melhorias na infraestrutura do parque, como trilhas, banheiros públicos e um Centro de Visitantes. Contudo, críticas sobre supostos impactos ambientais das obras aumentam a pressão sobre a empresa.

O encontro contou com a presença de figuras como o governador do Ceará, Elmano de Freitas, o senador Cid Gomes e o presidente do ICMBio, Mauro Pires. Novos diálogos foram acordados para ajustar os termos da concessão com o intuito de equilibrar a preservação ambiental e as demandas da população local.

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