A Segunda Década Internacional para os Afrodescendentes foi proclamada na 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas na última terça-feira (17). A iniciativa vai durar de 2025 a 2034 com o tema “reconhecimento Justiça e desenvolvimento”. A Bahia foi o primeiro estado brasileiro a aderir à década internacional com um decreto que criou a década estadual.
A Primeira Década contribuiu para a consolidação progressiva de agenda internacional para a promoção e defesa dos direitos das pessoas de ascendência africana. A proclamação da Segunda Década representa nova oportunidade para que pessoas afrodescendentes possam usufruir plena e efetivamente dos benefícios do desenvolvimento sustentável e de todos os seus direitos humanos.
O engajamento do Brasil nas atividades da Primeira Década e na proclamação da Segunda Década reflete a prioridade conferida pelo governo brasileiro a iniciativas de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial.
Entre 2015 e 2024, durante a Primeira Década Internacional das Pessoas Afrodescendentes, as Nações Unidas apresentaram um plano de ação para que governos e sociedade civil atuassem juntos na promoção e garantia dos direitos das pessoas afrodescendentes ao redor do mundo.
Nesse período, mais de 30 países reformularam suas leis e políticas para combater o racismo e a discriminação racial. Além disso, diversas iniciativas da ONU ajudaram a capacitar jovens líderes afrodescendentes, valorizaram a cultura e a herança afrodescendente e, em 2021, resultaram na criação do Fórum Permanente de Afrodescendentes.