Convencer países a zerar emissões até 2040 é desafio, diz Carlos Nobre antes de evento em Salvador

Convencer países a zerar emissões até 2040 é desafio, diz Carlos Nobre antes de evento em Salvador

Redação Alô Alô Bahia

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Adriano Cardoso/Imprensa MPBA

Publicado em 19/12/2024 às 15:16 / Leia em 2 minutos

Grande referência em estudos sobre mudanças climáticas, o cientista brasileiro Carlos Nobre disse nesta quarta-feira (18), na capital paulista, que o grande desafio da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) será convencer “todos os países a zerarem as emissões líquidas até 2040”. A COP30 será realizada em Belém, em novembro de 2025.

“Na COP30, nós temos que convencer todos os países a zerarem as emissões líquidas até 2040. Não mais em 2050, porque a temperatura pode chegar a 2,5 ºC (acima) e a todos os pontos de não retorno”, disse. De acordo com ele, o Brasil poderia ser o primeiro país a cumprir esse objetivo. “O Brasil deverá ser o primeiro país, de grandes emissões, a zerar as emissões líquidas até 2040”, afirmou.

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Mariana Lisbôa e Carlos Nobre

Nesta quinta-feira (19), ele esteve em Salvador onde participou da ‘Semana do MP’, promovida pelo Ministério Público da Bahia. Carlos veio a cidade a convite de Mariana Lisbôa, diretora Global de Relações Corporativas e Licenciamento Ambiental da Suzano. O evento foi realizado Centro Administrativo da Bahia (CAB).

Na ocasião, o cientista chamou atenção para o avanço da desertificação na Bahia e aumento do nível do mar.

Sobre Carlos Nobre

Pesquisador colaborador do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP), Nobre tomou posse como titular da Cátedra Clima & Sustentabilidade, criada pela Universidade de São Paulo (USP) com o objetivo de agregar esforços e fomentar novas iniciativas de pesquisa sobre os temas clima e sustentabilidade. A cerimônia de posse e de lançamento da cátedra foi realizada nesta quarta-feira na capital paulista.

Segundo Nobre, a cátedra deverá se concentrar em dois grandes objetivos em 2025: estudos sobre esponjas urbanas, as chamadas cidades-esponjas na Grande São Paulo (termo que descreve uma área urbana com grandes espaços verdes para lidar com inundações e ondas de calor) e também a criação de cursos de capacitação sobre emergências climáticas para alunos e professores do ensino fundamental 2 e ensino médio em todo o Brasil.

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