A reabertura da Sala Martins Pena, no Teatro Nacional Cláudio Santoro, nesta quarta-feira (18), após uma década de inatividade, é um marco não apenas para o Distrito Federal, mas para a cultura brasileira.
A reinauguração simbólica teve show exclusivo para os operários que trabalharam na restauração do espaço. Na sexta (20), acontece a reabertura oficial da Sala Martins Pena, com uma apresentação especial, para convidados, da Orquestra Sinfônica e da dupla Chitãozinho e Xororó.
Localizado em um dos maiores complexos culturais do Brasil, o monumento, projetado por Oscar Niemeyer e dedicado à celebração da arte, foi triplamente tombado e regressa ao cenário cultural renovado, com capacidade ampliada para 480 lugares.
A última apresentação no teatro aconteceu em dezembro de 2013, antes da interdição oficial, em 2014, devido a mais de cem irregularidades apontadas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
A restauração teve investimento inicial de R$ 70 milhões, a começar pela recuperação da Sala Martins Pena. Mas, o projeto prevê a restauração integral do espaço em etapas futuras.
Além de conservar o tombamento e a originalidade do projeto arquitetônico, as obras trouxeram melhorias significativas: novos sistemas de ventilação e iluminação, acessibilidade aprimorada e a preservação das obras de Athos Bulcão.
Ao longo dos anos, o Teatro Nacional serviu de palco para grandes nomes da música, dança e teatro, como Mercedes Sosa, Astor Piazzola, Yma Sumac, os balés russos Bolshoi e Kirov, o balé da Ópera de Paris e do Grupo Corpo, e artistas como João Gilberto, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Paulo Gustavo, Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Dulcina de Moraes, Glauce Rocha, Ziembinski, Márcia Haydé, Márika Gidali.