Porta de entrada para a Chapada Diamantina, a cidade de Lençóis comemora 168 anos nesta quarta-feira (18). Reconhecido pelas paisagens naturais, pela arquitetura colonial preservada e por sua história cultural, o município atrai visitantes do mundo inteiro ao longo do ano, principalmente aqueles que buscam paz, conforto e um momento de fuga da vida agitada dos centros urbanos.
A cidade foi batizada assim em função das formações naturais de pedras brancas e lisas ao longo dos rios, que lembram lençóis estendidos, formando uma paisagem que encantou os garimpeiros que exploravam a região no século XIX, no auge do ciclo dos diamantes, quando era tida como “a Capital do Diamante”.
Lençóis chegou a ser um dos lugares mais ricos da Bahia, o que explica a sofisticação da arquitetura colonial do seu Centro Histórico, que, com suas charmosas ruas de pedra, casarões e igrejas que preservam o charme do período áureo da mineração, é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A cidade foi, inclusive, uma das primeiras do estado a ter energia elétrica, graças a pequenas hidrelétricas que atendiam às demandas do garimpo.
Um dos destinos de ecoturismo mais importantes do Brasil, Lençóis é o principal ponto de partida para explorar o Parque Nacional da Chapada Diamantina, onde estão atrações imperdíveis, como a Cachoeira da Fumaça, a segunda mais alta do país; o Ribeirão do Meio, famoso por seu “escorregador natural”; e o Serrano e Salão de Areias Coloridas, próximo ao centro.
Reconhecida pela cultura local forte, que combina tradição na gastronomia – ingredientes da “moda”, como o licuri, são típicos da região -, em festas populares e na hospitalidade, a cidade já serviu de cenário para filmes como “Diamante Bruto”, de 1977, que conta a história da exploração de diamantes na região. Além disso, Lençóis é palco de eventos culturais, como o Festival de Lençóis, que transforma a região todo ano com shows e manifestações artísticas.
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