Novo medicamento pode fazer crescer dentes perdidos em humanos

Novo medicamento pode fazer crescer dentes perdidos em humanos

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Reprodução/Unsplash

Publicado em 16/12/2024 às 16:15 / Leia em 2 minutos

Cientistas japoneses estão desenvolvendo uma tecnologia revolucionária que pode mudar o futuro dos tratamentos odontológicos: um medicamento capaz de ativar o crescimento de novos dentes em humanos. O estudo, conduzido por uma equipe liderada por Katsu Takahashi, chefe de cirurgia oral no Instituto de Pesquisa Médica Kitano Hospital, em Osaka, já está em fase de testes clínicos no Hospital da Universidade de Kyoto.

A proposta é oferecer uma alternativa inovadora às dentaduras e implantes, soluções atualmente vistas como caras e invasivas. “Restaurar dentes naturais definitivamente tem suas vantagens”, afirma Takahashi, destacando o potencial do tratamento para beneficiar pessoas com ausência congênita ou perda de dentes.

A terceira geração de dentes

Apesar de ser amplamente aceito que humanos possuem apenas dois conjuntos de dentes — os de leite e os permanentes —, Takahashi explica que há brotos dormentes de uma terceira geração de dentes escondidos sob as gengivas. A nova abordagem busca “acordar” esses brotos por meio de um medicamento experimental que bloqueia uma proteína chamada USAG-1.

Testes realizados em camundongos e furões já demonstraram resultados promissores. Segundo estudos publicados pela equipe, o bloqueio da proteína foi eficaz para regenerar dentes em animais, marcando um avanço significativo para o campo odontológico.

Disponível até 2030

O medicamento está sendo testado inicialmente em voluntários adultos, mas o foco principal é torná-lo acessível para crianças com anomalias dentárias. Se os ensaios clínicos forem bem-sucedidos, a expectativa é que o tratamento esteja disponível para o público até 2030.

A ideia de regenerar dentes não é completamente inédita, mas segundo Angray Kang, professor de odontologia da Universidade Queen Mary, de Londres, apenas outra equipe no mundo está perseguindo um objetivo semelhante com o uso de anticorpos.

Se bem-sucedida, a tecnologia promete revolucionar os tratamentos odontológicos, eliminando a necessidade de próteses e tornando possível a recuperação de dentes naturais.

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