O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, neste domingo (15), a prisão do ex-ministro da Defesa, general Braga Netto, que ocorreu no sábado (14), no Rio de Janeiro. O líder brasileiro, acompanhado pela primeira-dama Janja, apareceu de surpresa durante uma coletiva de imprensa realizada pela equipe médica no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após receber alta hospitalar.
Durante sua declaração, Lula fez uma dura crítica ao governo de Jair Bolsonaro (PL), afirmando que o Brasil viveu um período sombrio entre 2019 e 2022. “O Brasil não teve um governo, teve uma praga de gafanhoto”, disse o presidente, sem poupar palavras ao se referir ao ex-presidente.
Lula fala sobre prisão de Braga Netto: ‘Não podemos aceitar desrespeito à Democracia’
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— Alô Alô Bahia (@AloAlo_Bahia) December 15, 2024
Lula se referiu especificamente à prisão do general Braga Netto, decretada na última semana, afirmando que, embora tenha paciência e respeite o direito à presunção de inocência, ele não pode aceitar o que considera um ataque à democracia. “Esses caras têm todo o direito à presunção de inocência, mas se fizeram o que tentaram fazer, terão que ser punidos severamente”, disse Lula.
O presidente também fez comparações com outros casos, afirmando que, no passado, pessoas que cometeram infrações menores foram severamente punidas. “Esse país teve gente que fez 10% do que eles fizeram e foi morta na cadeia. Não podemos aceitar o desrespeito à democracia, à Constituição e, muito menos, que figuras de alta patente tramem a morte de um presidente, do vice e de um juiz da Corte Eleitoral”, acrescentou, em referência a supostas tentativas de ataques que envolvem membros do alto escalão militar.
Apesar de suas declarações contundentes, Lula se absteve de responder às perguntas dos jornalistas presentes.