The New York Times destaca chances de Oscar para Fernanda Torres e ‘injustiça histórica’ a Fernanda Montenegro

The New York Times destaca chances de Oscar para Fernanda Torres e ‘injustiça histórica’ a Fernanda Montenegro

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

María Magdalena Arréllaga/The New York Times

Publicado em 14/12/2024 às 13:40 / Leia em 3 minutos

O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, foi tema de uma reportagem no The New York Times, um dos maiores jornais do mundo, que ressaltou as chances do Brasil no Oscar 2024. A publicação destacou a atuação de Fernanda Torres como Eunice Paiva, papel que tem despertado rumores de uma possível indicação na categoria de Melhor Atriz, além da forte campanha do longa na categoria de Melhor Filme Internacional.

A trama, baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva, aborda o impacto da ditadura militar brasileira (1964–1985) por meio da história real de Rubens Paiva, desaparecido pelo regime, e de sua família. No filme, Torres divide a cena com Selton Mello, que interpreta o patriarca Rubens, e revisita um capítulo doloroso da história brasileira, agora relembrado em meio à polarização política do país.

A reportagem do The New York Times ressaltou a relevância histórica e emocional da obra, que já acumula mais de 2,5 milhões de espectadores nos cinemas e que foi ovacionado por cerca de 10 minutos no Festival de Veneza, onde conquistou o prêmio de Melhor Roteiro. Fernanda Torres, de 59 anos, comentou sobre os rumores de sua indicação: “Seria uma história incrível seguir minha mãe, agora, vencer considero impossível”.

“Ainda Estou Aqui” é a submissão oficial do Brasil ao Oscar – Foto: Divulgação

“Ainda Estou Aqui” é a submissão oficial do Brasil ao Oscar – Foto: Divulgação

A mãe da atriz, Fernanda Montenegro, hoje com 95 anos, também foi mencionada na matéria. Primeira brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz por “Central do Brasil” (1999), Montenegro recordou o simbolismo da nomeação para o Brasil, que ainda considera sua derrota para Gwyneth Paltrow uma “injustiça histórica”. “Tinha um grande simbolismo para o Brasil”, afirmou Torres sobre a indicação da matriarca.

Na conversa, mãe e filha relembraram o legado que compartilham no cinema. “Isso também é um legado de vida, de profissão”, disse Montenegro, enquanto Torres completou: “Minha mãe ainda está viva; está tudo bem com ela. Estou feliz”. Brincando, Montenegro respondeu: “Por acaso, ainda estou aqui”.

Fernanda Torres e Fernanda Montenegro ao The New York Times – María Magdalena Arréllaga/The New York Times

Fernanda Torres e Fernanda Montenegro ao The New York Times – María Magdalena Arréllaga/The New York Times

“Ainda Estou Aqui” é a submissão oficial do Brasil ao Oscar e segue gerando grande expectativa, especialmente após suas indicações ao Globo de Ouro nas categorias Melhor Filme de Língua Não-Inglesa e Melhor Atriz de Drama. O diretor Walter Salles reforçou o impacto da obra: “A história da família Paiva é a história coletiva de um país. O cinema reconstrói a memória”.

A corrida ao Oscar, que terá suas indicações anunciadas em janeiro, pode trazer um novo marco ao cinema nacional. Caso Fernanda Torres seja indicada, ela seguirá os passos da mãe, reafirmando a importância do legado das duas para a história da sétima arte no Brasil.

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