Chegando ao final do seu segundo ano de governo, o trabalho de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovado por 52% dos brasileiros. O presidente tem atuação reprovada por 48%, segundo pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (11).
O resultado comprova estabilidade na avaliação do governo petista durante 2024 como um todo. Do começo para o final do ano, a aprovação de Lula oscilou apenas cinco pontos percentuais, sendo julho o melhor momento do governo no histórico da pesquisa, quando 54% dos eleitores disseram aprovar o trabalho do governo. A pior avaliação foi em maio, quando a diferença entre a aprovação e a desaprovação chegou a três pontos percentuais.
Esta foi a maior pesquisa realizada pela Quaest, com 8.598 entrevistas presenciais, de 4 a 9 de dezembro, com cidadãos de seis estados: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Bahia e Pernambuco. A margem de erro é de 1 ponto percentual para mais ou para menos.
No recorte por regiões, Lula é mais aprovado do que reprovado apenas no Nordeste. Ainda assim, ao longo do ano a aprovação do presidente caiu. Começou 2024 em 70% e chega, agora, a 67%, o pior índice da série histórica. Os dados do Sul e Sudeste se mantiveram estáveis, com piora notada no Norte/Centro-Oeste, onde a desaprovação saltou de 46% para 50% e a aprovação caiu de 49% para 48%.
Já em um recorte demográfico, Lula é melhor avaliado por mulheres, por pessoas com mais de 35 anos, com até o ensino fundamental completo, católicas e com renda de até dois salários mínimos. A desaprovação cresce entre homens, pessoas com ensino superior completo, evangélicos e indivíduos com idade entre 16 e 34 anos.
Um dos pontos que chama atenção é o aumento da aprovação entre pessoas com 60 anos ou mais, subindo consideravelmente, de 49% para 57%. Já entre os mais jovens, a avaliação negativa superou a positiva pela terceira vez ao longo do ano.
Entre os pontos otimistas, está a questão do emprego. Para 43% dos entrevistados, está mais fácil conseguir trabalho hoje do que há um ano. Em outubro, esse número era de 26%. Para 45%, o emprego está mais difícil. Questionados sobre os rumos do Brasil, 46% dos eleitores afirmaram que o país está na direção errada, enquanto 43% afirmaram que está na correta.