Envelhecer não tem sido motivo de preocupação para a atriz Zezé Motta. Aos 80 anos, a artista, um dos grandes ícones da dramaturgia brasileira, revela que consegue enxergar os aspectos positivos da maturidade.
“Minha mãe tinha umas tiradas muito engraçadas. Ela viveu até os 95 anos bem conservada. A maioria dos negros não tem rugas, e minha mãe envelheceu com uma aparência muito boa, os quilos controlados, uma pele lisinha e muito bom humor“, relembrou ela em entrevista à revista Caras.
“As pessoas falavam para ela: ‘mas Dona Maria, a senhora não vai ficar velha?’. E ela falava ‘não, não tenho tempo’. E assim ela foi ficando sem tempo até os 95. Por isso, decidi envelhecer como ela, sem tempo de ficar velha”, completa.
Zezé segue refletindo sobre envelhecer saudável e disposta, garantindo que se tornou uma pessoa mais tranquila ao decorrer dos anos. “Eu encaro essa fase da vida como uma das melhores, hoje sofro muito menos, não ligo para quase nada. Essa é a vantagem de amadurecer, a gente não esquenta mais a cabeça”.
Nesta quinta-feira (5), Zezé foi homenageada no primeiro Prêmio Zezé Motta, que aconteceu no Hotel Fairmont, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. Promovido pela NBCUniversal, o evento busca reconhecer e valorizar o trabalho de mulheres negras que honram o legado de resistência das gerações passadas.
“2024 está sendo um ano mágico, completei 80 anos e desde então tenho recebido uma série de homenagens. É uma emoção do tamanho do mundo, não consigo colocar isso em palavras, parece que o coração vai explodir. Lembro do meu começo, das lutas que enfrentei lá atrás”, disse ela à revista.
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