Os “Modos de Fazer Queijo Minas Artesanal” foram reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco nesta quarta-feira (4). Esta é a primeira vez que a organização internacional concede o título a um item gastronômico brasileiro. Em 2002, a produção artesanal do queijo minas já havia conquistado o título de patrimônio de Minas Gerais. Em 2008, ganhou também o reconhecimento nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico.
“Agradeço muito toda essa articulação para tombar esse alimento tão precioso, que reúne agricultura familiar, preservação de saberes também, isso é muito importante. É realmente uma maneira muito especial da gente preservar nossa memória e o saber do nosso povo”, afirmou a ministra da Cultura, Margareth Menezes, sobre a importância do reconhecimento.
Atualmente, o estado de Minas Gerais conta com cerca de nove mil produtores de queijo minas artesanal, gerando aproximadamente 50 mil empregos diretos e indiretos, segundo estimativa do governo. Os dados apontam ainda que, por ano, são produzidas cerca de 40 mil toneladas do queijo, com uma renda gerada que ultrapassa R$ 2 bilhões.
Ao todo, o Brasil tem seis bens culturais reconhecido pela Unesco. Entre os destaques, estão o Samba de Roda do Recôncavo Baiano, a Roda de Capoeira, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, entre outros.