Buscando viabilizar a produção e publicação do seu primeiro livro infantil, a escritora baiana Lugana Olaiá lançou um financiamento coletivo a fim de custear a diagramação, editorial, ilustração e registro da obra. Intitulado de “A vaquinha vegana”, o livro conta a história de uma vaquinha que resolveu fazer tudo diferente da sua linhagem de vacas leiteiras. A obra aborda, em 12 páginas, temáticas como alimentação, empreendedorismo e feminismo de maneira lúdica, educativa e divertida.
As contribuições para a publicação do livro podem ser feitas através de uma “vaquinha” virtual até o dia 30 de dezembro, por meio do link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/livro-infantil-lugana-olaia.
Selecionado para publicação pela Editora Asinha, selo editorial da Ases da Literatura, a obra está pautada nas competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento normativo elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica.
Sobre o livro prestes a ser publicado, Lugana aponta os desafios de ser uma voz ativa por meio da escrita. “Este livro também é um conto sobre inovar, e o quanto o apoio daqueles que te conhecem é de fundamental importância. Assim, eu tenho usado os livros que escrevo para tocar em temas que fazem parte da minha vida, mas que também tenho convicção de que farão a diferença para quem se deixar ser atravessado por essas palavras”, afirma.
Mãe de uma menina e graduada em jornalismo com MBA em comunicação corporativa, Lugana atuou nos últimos 12 anos nas áreas de assessoria de imprensa, comunicação interna e marketing de grandes instituições. Atualmente, aos 36 anos, a escritora é colunista do site Lendo Mulheres Negras, onde escreve sobre dilemas cotidianos sendo uma mulher preta, autoestima, saúde mental, dentre outros assuntos.
A escritora relata que sempre exercitou a escrita durante sua infância e adolescência por meio dos diários, mas foi na época da universidade que, de fato, se apaixonou por escrever. Ela conta que, há alguns anos, não teria imaginado que seria autora de livros infantis, e durante muito tempo sentiu-se insegura na posição de expressar para o público como tem exercido a sua maternagem.
“Desde 2017, eu senti que a minha relação com a escrita estava se tornando mais estreita, gosto de criar e contar histórias e não posso evitar dedicar minha carreira aos livros. Também me orgulho da forma como sou uma mãe possível, bissexual, que tem encontrado mais desafios do que suporte. Mas sigo entregue para minha filha e outras crianças que fazem parte da minha vida hoje, também através dela”, reforça.