Por conta das fortes chuvas em Salvador, Muncab adia abertura da exposição que aborda resistência afro-brasileira

Por conta das fortes chuvas em Salvador, Muncab adia abertura da exposição que aborda resistência afro-brasileira

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Beatriz Franco e Andrew Kemp/Divulgação

Publicado em 27/11/2024 às 17:43 / Leia em 2 minutos

Por conta das fortes chuvas que atingem a capital baiana desde o último sábado (23), o Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira, em conjunto com a Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador, anunciaram o adiamento da abertura da exposição “Òná Ìrín: Caminho de Ferro”, originalmente marcada para esta quinta-feira (28). Os ingressos adquiridos antecipadamente permanecerão válidos e uma nova data ainda será anunciada pelas instituições.

O Muncab e a Secult estimam que as condições climáticas retornem à normalidade, a fim de que o público possa desfrutar da plenitude da exposição”, diz o comunicado.

A mostra “Oná Ìrín: Caminho de Ferro”, da artista visual baiana Nádia Taquary, celebra a luta antirracista e a valorização da cultura afrodiaspórica, destacando a força e a beleza da joalheria afrobrasileira e as questões de ancestralidade. Com curadoria assinada por Marcelo Campos, Amanda Bonan e Ayrson Heráclito, o acervo da exposição inclui esculturas, instalações e videoinstalações que celebram o poder criador do feminino, integrando arte e espiritualidade.

Com uma técnica que mistura escultura e simbolismo, Taquary utiliza materiais como madeira, cordas e metais, remetendo a ornamentos tradicionais do candomblé. As criações incluem trançados, colares e outras formas que evocam elementos de poder e proteção, inspirados nas religiões de matriz africana. Cada peça carrega uma narrativa própria, reafirmando a arte como um espaço de memória e identidade afro-brasileira.

A exposição propõe um diálogo com a memória ancestral da cultura negra baiana, na qual me incluo, memória que foi violentada na tentativa de ser silenciada pelas práticas coloniais”, destaca a artista.

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