A jornalista Rita Batista tem tido um um ano pra lá de especial. A baiana, que atualmente se divide entre os programas “É de Casa” e “Saia Justa”, não esconde o orgulho de contribuir para trazer mais diversidade à televisão brasileira. “Estou no lugar certo, na hora certa, num momento em que o país percebe o valor da representatividade, principalmente na comunicação. Não é só uma palavra, é uma ação que marca a existência das pessoas e inspira outras a sonhar e conquistar espaços. Nos meus 21 anos de carreira, projetei coisas que queria fazer, fiz e estou fazendo. Tenho orgulho da minha trajetória e sigo com planos para ir além”, declarou Rita, em entrevista ao jornal O Globo.
No “É de Casa”, Rita proporciona momentos de emoção ao público com o quadro “Hora da transformação”, que visa ajudar mulheres a recuperarem a autoestima. “Apesar de sabermos o impacto do racismo na autoestima das mulheres pretas, ainda me choca ver isso, especialmente em pessoas mais velhas. As mais novas têm vivido um processo de transformação, olhando para si com orgulho e celebrando a beleza que temos em nossa diversidade. Eu também me revisito nesse processo. Tive minha autoestima reforçada em casa, mesmo frequentando ambientes embranquecidos na escola. Meus pais me diziam que o meu cabelo crespo era meu diferencial, que eu podia usá-lo de várias formas. Vejo o quanto precisamos transmitir isso às próximas gerações, porque a infância molda muito a forma como enfrentamos os desafios da vida”, avaliou a apresentadora.
Sobre os próximos projetos, Rita já está em contagem regressiva para comandar o programa “Glô na rua”, que terá uma duração maior: “O carnaval de rua começa antes da semana oficial, então, em 2025, vamos incluir mais uma semana no programa. A ideia é manter a residência em Salvador e mostrar os Carnavais pelo Brasil a partir de lá, com equipes espalhadas pelas capitais. Vai ser mais trabalho, mas também mais alegria”, explicou.
Mesmo com os diversos projetos e trabalhos, a apresentadora conta que faz questão de manter o vínculo com a sua cidade natal. Na capital baiana, ela é dona de um sobrado dos anos 1950, batizado de “Casa da Sorte”, que recentemente conquistou o prêmio da Revista Casa e Jardim na categoria Brasilidades. “Salvador é minha casa. Já morei em vários lugares da cidade, mas me estabeleci no Centro. Gosto de estar perto das pessoas e enxergar a realidade da cidade. Apesar de trabalhar toda semana em São Paulo e no Rio, aproveito que meu trabalho me permite viajar e não preciso fixar residência fora”, destacou.