Uma pesquisa realizada pelo Ensino Social Profissionalizante (Espro) revelou que 41% dos jovens negros no Brasil já enfrentaram exclusão em grupos sociais no ambiente de trabalho. O estudo foi desenvolvido em parceria com a Diverse Soluções, especializada em diversidade e inclusão.
A pesquisa envolveu 3.257 jovens de 14 a 23 anos, atendidos por programas de capacitação do Espro, como o Jovem Aprendiz e o Programa de Estágio. Desses, 53% (1.713) se identificaram como negros, sendo 70% pardos e 30% pretos. As respostas foram coletadas entre 16 de setembro e 31 de outubro de 2024.
O levantamento também aponta que 30% dos jovens negros relataram dificuldade em acessar ambientes de trabalho, equipamentos ou pessoas; 29% afirmaram ter sofrido violência verbal, física ou psicológica; e 19% disseram não ter sido considerados para promoções. Além disso, 32% mencionaram ter sido desclassificados de vagas de emprego devido às suas características individuais.
Outro dado importante foi revelado através de jovens mulheres negras da comunidade LGBTQIAPN+. Nesse grupo, 86% relataram já ter enfrentado ou presenciado situações de preconceito nos serviços públicos e na escola ou faculdade. No ambiente de trabalho, o índice é de 45%.