Ginasta baiana retorna a Salvador com primeira medalha internacional conquistada no Panamá

Ginasta baiana retorna a Salvador com primeira medalha internacional conquistada no Panamá

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Elaine Sanoli para CORREIO

Marina Silva/CORREIO

Publicado em 19/11/2024 às 00:44 / Leia em 4 minutos

Ao embarcar para o Panamá, a baiana Maria Clara Gomes levou na mala o desejo de dar reconhecimento à Bahia na ginástica. Ao retornar, a soteropolitana trouxe a conquista do seu objetivo, materializada na medalha de ouro do Pan-Americano de Ginástica Aeróbica. A jovem, de apenas 13 anos, conquistou o título após muita luta, pois além de vencer a modalidade, precisou levantar recursos financeiros e enfrentar problemas de saúde.

Com o ouro no peito, Maria Clara relembrou os percalços de sua trajetória, durante o retorno à Salvador, nesta segunda-feira (18). “É muito gratificante pegar essa minha primeira medalha internacional e saber que é de ouro e saber que todo meu esforço valeu a pena”, celebrou, ainda no Aeroporto Internacional de Salvador Deputado Luís Eduardo Magalhães.

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Ginasta baiana retorna a Salvador com primeira medalha internacional conquistada no Panamá

O campeonato Pan-Americano de Ginástica Aeróbica foi realizado nos dias 18 e 19 de novembro. Além de Maria Clara, Kerem Santos, de 11 anos, e Ellen Vitória Correia, de 18, integraram o time de representantes da Bahia no torneio.

O desejo da jovem atleta, a partir de agora, é inspirar outras atletas em sua trajetória para alcançar voos tão altos quanto os dela. “Que eu seja uma inspiração para a próxima geração. Que independente das circunstâncias, das dificuldades, todo mundo venha a continuar seguindo o seu sonho. Consegui adquirir essa medalha com o meu esforço e porque acreditei que eu poderia conseguir isso”, diz.

Ginasta desde os cinco anos, Maria Clara não iniciou sua carreira na ginástica. Foi após as aulas de ballet que a jovem decidiu migrar para a modalidade rítmica do esporte. Em 2021, uma nova mudança levou a atleta para a ginástica aeróbica.

Pilar de sustentação dessa vitória, a família da ginasta acompanhou de perto cada trecho desse caminho. A mãe Ana Cláudia demonstrou orgulho ao ver a filha sagrar-se campeã na modalidade. “É a primeira medalha de ouro e internacional dela e eu acredito nesse potencial, em como ela se dedica aos treinos, no estudo que vem fazendo, ela está sempre desafiando a si mesma. Acredito que essa é a primeira de muitas medalhas de ouro que nós iremos trazer para a Bahia e para o Brasil”, contou emocionada.

Os pódios brasileiros já tiveram o prazer de sentir a leveza de seus pezinhos de Maria Clara. Neste ano, foi finalista do Brasileiro e da Copa Sul-Americana, além de ter levado para casa o bronze do Baiano, título que conquistou também em 2023. Em 2022, foi vice-campeã brasileira e campeã baiana na modalidade competida em trios.

Moradora de Mirantes de Periperi, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, Maria Clara treina, diariamente, no Centro de Treinamento Talent, coordenado pelos treinadores Eliana e Adison Mirales. O projeto teve início com uma unidade no Subúrbio, mas, hoje, realiza o sonho de ginastas também nos Barris. “O Centro de Treinamento Talent também enfrenta batalhas há muito tempo. Fundamos o Talent em 2015 e, desde então, conquistamos muitos títulos como campeões baianos, regionais e nacionais. Tínhamos atletas convocados para a seleção brasileira e, hoje, pela primeira vez, temos um atleta campeão internacional”, vibrou a treinadora Eliana Mirales.

“Depois de uma preparação intensa, de um trabalho árduo dentro do ginásio, recebemos nossas ginastas, com uma medalha de ouro, um feito internacional. É para Bahia, é para o Brasil”, acrescentou o orientador Adison Mirales.

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Ginasta baiana retorna a Salvador com primeira medalha internacional conquistada no Panamá

Campanha Solidária

Às vésperas do Pan-Americano de Ginástica Aeróbica, a jovem atleta precisou vencer duas barreiras: a falta de recursos e problemas de saúde. As crises de convulsões, aliadas ao baixo orçamento da família quase afastaram Maria Clara da conquista do ouro internacional. Nesse período, o jornal CORREIO contou a história dessa atleta, em outubro, e divulgou a vaquinha para ajudar a jovem, juntamente com as outras duas participantes. Foram arrecadados cerca de R$ 6.315

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