O documentário ‘Ilê Aiyê: a casa do mundo’, que celebra os 50 anos de história do primeiro bloco afro do Brasil, ganhará exibição especial em bibliotecas públicas da Bahia. A ação é fruto de uma parceria entre a Rede Bahia e a Fundação Pedro Calmon. No dia 27 de novembro, a partir das 16h, além da exibição, que contará com a presença dos jornalistas Ricardo Ishmael e Alexandre Lyrio, coordenadores do documentário, a Biblioteca Virtual Consuelo Pondé, em parceria com a Biblioteca Central do Estado da Bahia, promove a abertura da exposição “Ilê Aiyê: 50 anos de Resistência Cultural e Ação Educacional” e o 1º Ciclo de Palestras “Ecoando a Resistência: 190 Anos da Revolta dos Malês – Legados e Lutas Contemporâneas”.
Na mesma data, acontece a mesa ‘Herança de Luta: Identidade e Resistência dos Blocos Afro na Bahia’, que contará com Cláudio Souza Araújo, presidente do Malê Debalê; e Antônio dos Santos Vovô, presidente do Ilê Aiyê; trazendo reflexões sobre identidade, pertencimento e resistência, celebrando a história desses blocos que resistem pela preservação da cultura negra no Brasil. A mesa será mediada pela jornalista Camilla França.
As outras unidades da Fundação Pedro Calmon também receberão a exibição do documentário. Confira a programação.
Biblioteca Infantil Monteiro Lobato
21 de novembro, às 9h30.
Biblioteca Juracy Magalhães Júnior – Itaparica
22 de novembro, às 14h.
Biblioteca Juracy Magalhães Júnior – Rio Vermelho
26 de novembro, às 14h.
Biblioteca Central do Estado da Bahia
27 de novembro, às 16h.
Sobre o documentário “Ilê Aiyê: a casa do mundo”
O documentário “Ilê Aiyê: a casa do mundo” tem coordenação e roteiro de Alexandre Lyrio; coordenação, reportagem e produção de Ricardo Ishmael; edição e pesquisa de Sheliane Silva; e conta com depoimentos de personalidades como Vovô do Ilê, Gilberto Gil, Mestre Marí, Caetano Veloso, Daniela Mercury, Mãe Hildelice, Lazzo Matumbi, Carlinhos Brown e mais. O roteiro tem como ponto de partida a Ladeira do Curuzu, o bairro da Liberdade e o surgimento do Ilê. A narrativa atravessa as cinco décadas de trajetória até chegar à turnê mundial que o grupo realizou em julho de 2024, iniciando a viagem pela África e passando por 12 países europeus.
“Que honra para nós realizar um documentário que mostra a grande revolução que o Ilê se tornou. Uma revolução musical, rítmica e político social. O Ilê é a casa do mundo porque é ali que nascem os talentos que levaram seus tambores para todas as partes do planeta. O Carnaval não seria o mesmo se não fosse o Ilê, a axé music não existiria. O Ilê é a referência desse novo mundo que surgiu dele e bebe de sua fonte há 50 anos”, afirma o jornalista Alexandre Lyrio.