Criada em Salvador, marca de coquetel de doce de leite prevê faturamento de R$ 27 milhões em 2024

Criada em Salvador, marca de coquetel de doce de leite prevê faturamento de R$ 27 milhões em 2024

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Redação Alô Alô Bahia

Divulgação

Publicado em 16/11/2024 às 14:47 / Leia em 4 minutos

“Um shot sem cara feia.” É assim que Lucas Rocha, 30 anos, CEO e cofundador da marca Don Luiz, define o seu coquetel alcoólico à base de doce de leite. A empresa faturou R$ 15 milhões em 2023. Atualmente presente em 21 estados, prevê fechar este ano com uma receita de R$ 27 milhões. As informações são do site ‘Pequenas Empresas & Grandes Negócios’.

Fundada em Salvador (BA), o negócio iniciou de forma artesanal e despretensiosa. Em 2017, Rocha e outros dois amigos — Luiz Ramon e Matheus Vieira, que não estão mais à frente da operação — pediram que um conhecido elaborasse uma bebida de doce de leite. O resultado agradou, e logo eles passaram a mostrar a criação para outras pessoas.

“A marca não nasceu de um plano de negócios, a gente não se uniu para tentar ter uma ideia e colocar para venda. Essa apresentação inicial se dava muito mais para gerar assunto, a gente levava para aniversários, happy hours e viagens”, conta Rocha, que, desde 2019, toca a marca com dois sócios, Rafael Medeiros, 30 anos, e Luis Nato, 25, que começou como estagiário na empresa.

A bebida de doce de leite, sem nome ou rótulo e produzida em uma cozinha residencial, caiu no gosto das pessoas. A marca nasceu oficialmente no ano seguinte, com a proposta de distribuição no Espírito Santo por parte de um empresário interessado no negócio. O nome Don Luiz vem de um dos fundadores e o urso no logotipo tem relação à associação dos clientes do doce da bebida a néctar ou mel, conta Rocha.

2RdKaYN.md.jpg

Don Luiz

“No primeiro ano, nós faturamos R$ 600 mil e vimos que com a velocidade de crescimento não era possível continuar como uma bebida artesanal. Foi quando começamos a buscar uma fábrica, só que queríamos manter a receita original, não poderíamos mudar em nada o produto”, diz Rocha.

Por um ano, a empresa rodou testes na receita, até conseguir o equilíbrio entre a produção em grande escala e a cremosidade da receita original. Os empreendedores só não contavam que, quando estivesse tudo pronto para o lançamento, o mundo pararia por causa da pandemia de covid-19. “Como os bares e restaurantes estavam fechados, a gente teve que aprender a gerar demanda e ter ponto de contato com nosso consumidor dentro de supermercado”, conta o CEO.

O isolamento forçado acabou “ajudando” a empresa na parte comercial. Com orçamento apertado para viajar, por conta dos investimentos que tinham feito na marca, as chamadas por vídeo vieram a calhar. “Por dois anos, a nossa comunicação com fornecedores foi feita somente pelo computador”, relembra Rocha.

A aproximação com o consumidor, em bares, começou apenas em 2022, com o arrefecimento da crise sanitária. Inicialmente, Rocha diz que tentou gerar hábito de consumo via coquetelaria, mas as pessoas preferiam beber Don Luiz puro. “Levamos vários feedbacks para um mentor. Ele disse que shots costumavam ser fortes, mas Don Luiz era diferente porque era um shot sem cara feia”, comenta o CEO. A graduação alcóolica da bebida é de 13% — licores têm no mínimo 15% de álcool.

Atualmente, Don Luiz cresce anualmente uma média de 70%. Em 2023, a companhia atingiu 5% de participação em sua categoria no Brasil. A marca produz, em média, 50 mil garrafas por mês e está presente em 21 estados, sendo São Paulo responsável por metade da receita. Outros mercados importantes são Bahia, Rio de Janeiro, Paraná e Distrito Federal.

É possível encontrar a bebida em grandes supermercados, além de bares e grandes eventos, e pelo e-commerce. O preço médio da garrafa de 750 ml é R$ 80.

 

 

Alô Alô Bahia no seu WhatsApp! Inscreva-se

Alô Alô Bahia Newsletter

Inscreva-se grátis para receber as novidades e informações do Alô Alô Bahia

Compartilhe