A Polícia Federal (PF) vai pedir a quebra do sigilo fiscal, bancário e telemático de Francisco Vanderlei Luiz, autor do atentado na Praça dos Três Poderes, na noite da última quarta-feira (13).
Segundo Isabela Camargo, repórter da GloboNews em Brasília, os investigadores buscam detalhes do planejamento do ataque e como ele se manteve em Brasília sem exercer sua profissão de chaveiro.
Em depoimento à PF, o filho contou que ele recebia um salário de R$ 5 mil. O homem era de Santa Catarina, mas alugou uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal, dias antes.
A perícia busca identificar possíveis interlocutores e se eles estavam cientes do ataque, além de verificar se ele mantinha relações políticas, tanto em Brasília quanto em Santa Catarina, já que era filiado ao Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, e chegou a se lançar candidato a vereador nas eleições de 2020, sem sucesso.
O relator da investigação é o ministro Alexandre de Moraes, que, segundo a ex-mulher de Francisco, era seu principal alvo. Em depoimento, ela afirmou que o ex-marido “tinha a ideia de eliminar os ministros do STF” e que acredita “sinceramente” que ele tenha agido sozinho.
A PF, que trabalha com as hipóteses de ação terrorista e a de tentativa violenta de abolição do estado democrático de direito, também colhe depoimentos de outras pessoas que tinham contato com Francisco Vanderlei, na capital federal, além de seguir em busca de imagens de Vanderlei no dia do atentado.