Visita ao Candeal e jantar com Gilberto e Flora Gil: a íntima a relação de Quincy Jones com a Bahia

Visita ao Candeal e jantar com Gilberto e Flora Gil: a íntima a relação de Quincy Jones com a Bahia

Redação Alô Alô Bahia

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Osmar 'Marrom' Martins, do CORREIO

Reprodução

Publicado em 04/11/2024 às 16:33 / Leia em 3 minutos

A passagem do brilhante maestro, produtor e arranjador norte-americano, Quincy Jones, que nos deixou nesse domingo (3), aos 91 anos, me fez lembrar de suas duas passagens por Salvador. A convite de Gilberto Gil e sua mulher Flora, ele foi ao Camarote Expresso 2222 e participou de dois almoços que o casal promoveu na antiga casa no Horto Florestal. E eu tive o privilégio de ser convidado quando fiz matéria para o CORREIO.

O primeiro encontro foi quando o U2 veio a Salvador em 2006 e causou uma sensação em todo o Brasil com toda imprensa se deslocando para a capital baiana. O segundo foi em 2007 na mesma casa, dessa vez só para ele e convidados. Quincy foi produtor de alguns dos maiores sucessos da história da música pop, como o álbum Thriller, de Michael Jackson, e a canção We are the World. Ele produziu também trabalhos com Miles Davis, Michael Jackson, Frank Sinatra, Count Basie, Aretha Franklin, Ray Charles, Peggy Lee, entre outros, além de parcerias com artistas brasileiros.

No almoço para e turma do U2, ele pôde conhecer artistas baianos como Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Margareth Menezes, Carlinhos Brown, Durval Lelys e Preta Gil. Com Brown ele manteve um contato mais estreito quando foi conhecer o trabalho do Cacique do Candeal. Em sua página no Instagram, Brown postou a seguinte mensagem:

“Ontem nos deixou uma sumidade, Quincy Jones. Em nosso encontro na Bahia, eu o considerei um professor da Pracatum, e ele chorando – emocionado – dizia que não, pois o movimento musical dele não tinha feito nem a metade por nós. Em seguida, eu disse, “O senhor está enganado. Tudo que você promoveu com Michael Jackson, Paulinho da Costa e grandes homens iluminados, nos trouxe a aula do interesse”. Somos tudo isso por causa deste gênio também. Peguei uma guitarra que James Brown assinou para mim e o apresentei. Quincy, tomado pela emoção e convicto, desmarcou todo o seu compromisso e passou todo o dia junto conosco no estúdio, na escola e – emocionado, por fim – dormiu no bairro do Candeal. Isso é inesquecível. Isso é uma história. A verdade é que Quincy se faz inesquecível pelas suas ações. O que ele promoveu na música para o mundo inspirou músicos, como eu, e continuará inspirando gerações futuras. Reforça o seu legado e em nós uma gratidão enorme, de um homem que estará sempre presente em nossas playlists e em nossos corações”.

Quincy ao lado de Brown (Foto: Reprodução)

Gil, quando se apresentou em Los Angeles no ano de 2012, ouviu de Quincy que ele [Gil] era um dos maiores músicos que ele tinha conhecido. Ao que Gil respondeu: “Você também”.

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