A Bahia registrou um aumento de 27,8% na geração de empregos formais no acumulado dos últimos 12 meses (de outubro de 2023 a setembro de 2024), totalizando o saldo ajustado de 90.838 empregos no período. Considerando apenas o mês de setembro, o saldo positivo foi de 14.888 novos empregos com carteira assinada, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O setor de serviços, mais uma vez, liderou a geração de empregos no estado, representando 51,3% (ou 7.634) do saldo total. O número de ocupações geradas pelo setor é 82,3% maior em relação ao mesmo mês do ano passado. O comércio ficou em segundo lugar com 22,2% (ou 3.301) do saldo total no mês. Em seguida, a construção civil com a participação de 14,6% (ou 2.167).
A indústria apresentou um saldo de 1.847 novos empregos. No mesmo mês do ano passado, o setor havia apresentado um saldo negativo de 384 vagas. O único segmento com saldo negativo foi a agropecuária, com -63 empregos até setembro de 2024.
Média nacional
No Brasil, o saldo de empregos em setembro chegou a 247.818 postos de trabalho, contribuindo para o recuo da taxa média de desemprego para 6,4% no trimestre encerrado em setembro – menor nível de toda a série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. O resultado obtido em setembro é 3,6% maior (8.705 empregos formais) do que o resultado apresentado em agosto, e 21,1% maior (43.148 empregos) em relação ao contabilizado no mesmo mês de 2023.
Do total de empregos gerados no país em setembro, o Nordeste participou com 31,1% (77.175) e a Bahia ocupou a sexta colocação em relação às demais Unidades da Federação. As mulheres participaram com 51,2% (ou 7.619) do saldo total em setembro de 2024.
Já a faixa etária de 18 a 24 anos foi a que registrou maior participação, com 51,5% do saldo total (ou 7.670 empregos). Quanto ao grau de escolaridade, o maior saldo positivo foi registrado nos empregos formais para trabalhadores com Ensino Médio Completo (11.852 empregos ou 79,6% do saldo total mensal).
Na avaliação do titular da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esportes (Setre), Davidson Magalhães, os dados resultam de políticas econômicas e sociais adotadas pelo governo Lula. Segundo ele, elas são responsáveis pelo aquecimento da economia e, em sintonia com ações do Governo do Estado, que tem investido na geração de emprego e renda e na capacitação de mão de obra.
Entre ações do Governo do Estado na área de qualificação profissional estão os programas Qualifica Bahia e Manoel Querino, em parceria com o Governo Federal. “Nesse escopo, tivemos recentemente a certificação de 500 profissionais que participaram do Qualifica Industrial, quatro diferentes cursos oferecidos em parceria com o Senai Camaçari. Para o período de 2024 a 2026, o programa Manuel Querino vai qualificar mais de 17 mil jovens em 205 municípios”, disse Davidson.
Turismo impulsiona geração de empregos
No turismo, esses dados se relacionam com o crescimento no volume de atividades turísticas, que alcançou 8,2% entre janeiro e agosto de 2024, mantendo o crescimento baiano acima da média nacional desde 2023, de acordo com o IBGE.
O crescimento nas atividades atendeu a um número de 94.703 turistas estrangeiros que chegaram pela Bahia – maior número de turistas internacionais que chegaram por estados do nordeste entre janeiro e setembro de 2024. Segundo a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), o setor representa 8% do PIB nacional e interage com outros indicadores, como a receita nacional e a geração de emprego e renda.
A Bahia apresentou a segunda maior receita com o turismo no Brasil, à frente do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Na geração de empregos formais, o saldo também foi positivo. Conforme divulgado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), de janeiro de 2021 a agosto 2024, cerca de 33 mil empregos foram contabilizados.