Elisio Lopes Jr. adianta detalhes sobre o espetáculo comemorativo pelos 50 anos do Ilê Aiyê: “A música preta precisa estar no palco principal”

Elisio Lopes Jr. adianta detalhes sobre o espetáculo comemorativo pelos 50 anos do Ilê Aiyê: “A música preta precisa estar no palco principal”

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Amanda Jordão

Publicado em 28/10/2024 às 17:48 / Leia em 2 minutos

O espetáculo em comemoração aos 50 anos do Ilê Aiyê promete ser histórico. O evento, que acontece no dia 1º de novembro, a partir das 18h30, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, tem direção artística de Elísio Lopes Jr. e contará com as ilustres participações de convidados que possuem uma relação especial com o grupo, como Daniela Mercury, BaianaSystem, Orquestra Afrosinfônica, Aloísio Menezes, Beto Jamaica, Matilde Charles e Amanda Maria. Os ingressos custam R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia) e podem ser adquiridos através da plataforma Sympla.

Em conversa com o Alô Alô Bahia, Elísio explica que o objetivo é celebrar a história do primeiro bloco afro do Brasil com a grandiosidade que ele merece. “O Ilê ensinou uma forma de estar nesse mundo, ser preto e se gostar. Ele transformou o contexto cultural brasileiro e precisa ser reconhecido nesse lugar. O espetáculo é um concerto para colocar a música do Ilê em primeiro plano. Por um bom tempo, as bandas de percussão foram vistas como “atração de foyer” e, para mim, a nossa percussão, a nossa música preta precisa estar no palco principal”, afirma. Ele destaca ainda que o projeto é uma importante oportunidade de documentar o impacto e o legado da entidade na formação da identidade brasileira. “A cultura preta é baseada na oralidade. Muito dessa história, muito desse cancioneiro não está documentado. Levantar essa memória e trazer para o palco tem sido um passeio nas lembranças e uma forma de registrar tudo isso”, relata.

Para celebrar a força e potência do bloco que há 50 anos inspira e luta pela igualdade racial através da música, dança e cultura afro-brasileira, foi preparado um repertório com grandes sucessos que marcaram essa longa trajetória. “É um Concerto preto. Tem Afrosinfônica e Ilê no palco, a percussão sinfonizada. Foi muito difícil escolher o repertório, teve votação na Internet, reunião de diretoria, todo mundo tem uma saudade e uma lembrança. Mas acho que conseguimos construir um roteiro que vai emocionar”, adianta o dramaturgo baiano.

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