Preta Gil voltou ao hospital nesta quarta-feira (23) para dar prosseguimento ao tratamento do câncer. Segundo o oncologista Jorge Abissamra, esta deve ser uma rotina da cantora daqui para frente, pois o monitoramento da doença é contínuo.
A artista teve remissão do câncer do intestino apenas oito meses após ser decretada a cura. A doença voltou em quatro locais diferentes do corpo, sendo dois linfonodos, uma metástase no peritônio e um nódulo no ureter.
“O diagnóstico precoce de fato salva vidas e diminui a chance de ter recidivas como a Preta teve. Talvez, quando ela teve o diagnóstico, talvez, não sei detalhes do caso, mas não era uma doença tão inicial e é por isso que a doença voltou”, alerta o médico em entrevista a revista Caras.
O médico ressalta que nos primeiros anos após alta do tratamento e medicamentos essas avaliações ocorrem em um curto espaço de tempo. A partir do quinto ano passa a ser anualmente.
“Um paciente oncológico a gente nunca fala em alta médica. É um paciente que tem que ficar para sempre monitorado. Isso varia de cada equipe, mas geralmente os pacientes que terminaram o tratamento acabam repetindo os primeiros dois anos a cada três meses e depois de dois anos, pelo menos, acabam seis meses por até cinco anos. Depois de cinco anos, é importante que esse paciente, pelo menos uma vez ao ano, acompanhe com um oncologista. Porque nos primeiros dois anos é a maior chance de recidiva”, explica.
“Então, quando a gente termina um tratamento, esses primeiros dois anos é quando a maioria das doenças voltam, que foi o caso da Preta Gil, ela terminou com menos de dois anos de tratamento. De dois a cinco anos, a chance da doença voltar mais é menor. Depois de cinco anos, as chances diminuem consideravelmente. Eu já tive pacientes que depois de 17 anos a doença voltou. Não é o habitual, não é comum isso acontecer, mas pode acontecer. Por isso que um paciente oncológico tem que ficar para o resto da vida sendo monitorado”, afirma à revista.